Conflito entre irmãos
Os grupos étnico culturais que compõe os países árabes e Israel são comumente chamados de povos semitas. Essa denominação surge do personagem Sem, biblicamente conhecido, do qual os árabes e os hebreus são considerados descendentes. Podemos considerar os conflitos no Oriente médio como conflitos de irmãos ou primos devido à descendência e as origens comuns aos dois povos.
Entendendo o Conflito
Foto de militantes do grupo palestino Hamas, atuante nos conflitos da famosa Faixa de Gaza. |
Os grupos étnico culturais que compõe os países árabes e Israel são comumente chamados de povos semitas. Essa denominação surge do personagem Sem, biblicamente conhecido, do qual os árabes e os hebreus são considerados descendentes. Podemos considerar os conflitos no Oriente médio como conflitos de irmãos ou primos devido à descendência e as origens comuns aos dois povos.
Entendendo o Conflito
O local onde hoje se encontra o Estado de Israel é o epicentro dos conflitos do Oriente Médio. Através de votação da ONU, como "reparação pelos danos decorridos da Segunda Guerra Mundial" e respondendo aos "anseios do movimento sionista internacional e da comunidade judaica", o Estado de Israel foi criado oficialmente em Maio de 1948. Na votação da ONU, 25 países votaram a favor, 13 votaram contra e 17 se abstiveram. Inicialmente, a tutela do território ficou por conta dos britânicos, tomando o papel de "mediadores", com a promessa de repassar a autoridade para o recente governo israelense. Como essa promessa não foi cumprida, movimentos paramilitares israelenses começaram o enfrentamento com as forças britânicas, que se retiraram do local. O território conhecido como Palestina foi então dividido em dois: uma parte israelense e outra parte árabe. Entretanto, a razão do conflito reside no fato de ambos os povos reclamarem a titularidade original do território, não aceitando a demarcação atual. De um lado, Israel estende suas fronteiras através da construção de "assentamentos", empurrando a fronteira, e do outro, militantes palestinos realizam consecutivos ataques às cidades e assentamentos israelenses. O conflito envolve também questões religiosas, políticas e sociais, não sendo, portanto, movido exclusivamente por questões territoriais.
Os dois lados da Moeda
De um lado, enxergamos uma forte comunidade judaica que reivindica o território com base em dois argumentos principais: uma titularidade biblicamente marcada e uma justa compensação pelos danos sofridos pela comunidade judaica durante a Segunda Guerra Mundial. Do outro lado, temos os palestinos, que denunciam a negligência da comunidade internacional em não reconhecer o Estado palestino conforme prometido na partilha feita em 1948. Dos dois lados, as agressões são brutais: as forças armadas de Israel não raramente utilizam armas químicas, inclusive proibidas pela Convenção de Genebra (como o fósforo branco), além de, em suas operações, matarem inúmeros civis palestinos, incluindo crianças, mulheres e idosos; por outro lado, o grupo extremista do Hamas, com o mote de auto defesa e ação pró Palestina, acaba por utilizar os civis palestinos como escudos humanos, desse modo acobertando suas lideranças e seus militantes. As ações do Hamas não se limitam a isso: por diversas vezes realizam bombardeamentos em áreas civis israelenses, tendo como alvos principais os assentamentos de fronteira, a cidade de Tel Aviv (a mais populosa de Israel) e Jerusalém. As lideranças de ambos os lados parecem desconsiderar os próprios civis, adotando medidas agressivas que apenas causam mais tensão e confronto.
"Erros" Cronometrados
Os dois lados da Moeda
De um lado, enxergamos uma forte comunidade judaica que reivindica o território com base em dois argumentos principais: uma titularidade biblicamente marcada e uma justa compensação pelos danos sofridos pela comunidade judaica durante a Segunda Guerra Mundial. Do outro lado, temos os palestinos, que denunciam a negligência da comunidade internacional em não reconhecer o Estado palestino conforme prometido na partilha feita em 1948. Dos dois lados, as agressões são brutais: as forças armadas de Israel não raramente utilizam armas químicas, inclusive proibidas pela Convenção de Genebra (como o fósforo branco), além de, em suas operações, matarem inúmeros civis palestinos, incluindo crianças, mulheres e idosos; por outro lado, o grupo extremista do Hamas, com o mote de auto defesa e ação pró Palestina, acaba por utilizar os civis palestinos como escudos humanos, desse modo acobertando suas lideranças e seus militantes. As ações do Hamas não se limitam a isso: por diversas vezes realizam bombardeamentos em áreas civis israelenses, tendo como alvos principais os assentamentos de fronteira, a cidade de Tel Aviv (a mais populosa de Israel) e Jerusalém. As lideranças de ambos os lados parecem desconsiderar os próprios civis, adotando medidas agressivas que apenas causam mais tensão e confronto.
"Erros" Cronometrados
Desde 1948, podemos notar uma série de erros, especialmente da comunidade internacional, que, se não causaram o conflito, ao menos contribuíram muito para a situação atual. Inicialmente, o estabelecido era o termo de que Israel ficaria com 58% do território da Palestina para a criação de seu Estado. Mas, na prática, Israel empurrou as fronteiras através de campanhas militares e tomou mais de 78% do território. Isso causou uma imigração em massa de palestinos, que formaram um bolsão de refugiados. Nem houve criação de Estado palestino nem estes foram acolhidos por seus "irmãos" árabes. Erroneamente os palestinos são vistos como uma população unicamente muçulmana, mas há uma comunidade cristã dentro da população palestina. Essas ações expansivas de Israel e a total omissão da comunidade internacional colaboraram para criar um pano de fundo que mistura confrontos milenares, disputas históricas, questões religiosas e desejos de emancipação e autonomia. Um erro comum dos palestinos tem sido o uso de ações supostamente defensivas que, na verdade, apenas despertam reações ainda mais violentas por parte de Israel. Desse modo, os civis de ambos os lados são as maiores vítimas e os mais prejudicados.
Confronto Mundial
Longe de ser um conflito regional, o que acontece no Oriente Médio impacta o mundo como um todo. Ao lado de palestinos e israelenses se posicionam potências como os países europeus, os Estados Unidos da América, as nações árabes, a China e a Rússia. E, em redor dessas potências, países menores orbitam nessas escolhas. O Brasil, país que possui relações mais próximas com os EUA, mas também se relaciona com países aliados aos palestinos, tem procurado se abster nas votações ou se posicionar de modo neutro. O voto de um país pode definir sanções impostas pelas potências mundiais, o que afeta diretamente a economia e o desenvolvimento mundial, especialmente de países do terceiro mundo, ainda dependentes de derivados e fluxos oriundos desses locais e das parcerias com as potências globais. Tudo o que acontece no Oriente Médio, de um modo ou de outro, nos afeta. O destino do mundo parece estar centrado em Jerusalém e na questão palestina.
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