Imagine uma onda de soldados vermelhos invadindo sua nação. O que você faria? Nestor Makhno pegou em armas e foi à luta. O episódio da invasão soviética ao pequeno país chamado Ucrânia mostra como uma força de resistência irredutível se mostra capaz de deter até mesmo as mais imensas hordas. Na história de Nestor, encontramos o típico foco histórico de resistência do povo local contra um invasor. Isso não seria nada de importante se Nestor não fosse um anarquista. Isto mesmo! Nestor Makhno foi um dos expoentes do anarquismo ucraniano, e, entretanto, um dos maiores defensores da conservação do Estado ucraniano da época. Através de sua luta armada e da criação de sue grupo chamado de "Exército Insurgente Makhnovista" (também conhecido como Exército Negro), Makhno se rebelou contra a Revolução Bolchevique e o governo soviético, rejeitando a autoridade deles em relação à Ucrânia. Se por um lado Nestor lutava por suas causas anarquistas, seu grupo de resistência com táticas tipicamente de guerrilha ajudou na conservação da independência e autonomia do Estado ucraniano, e sua luta serviria de inspiração para outros grupos de resistência anti comunista e anti nazista.
Infelizmente, Nestor não pôde enxergar a vitória. A maior parte de seu grupo foi perseguida duramente pelo Exército Vermelho e ele mesmo teve de fugir, primeiramente para a Romênia com um pequeno grupo de companheiros, e depois, se exilando na França. Entretanto, os feitos (tanto de Nestor quanto do Exército Negro) foram notáveis. Tanto que aquilo que começou como um pequeno grupo guerrilheiro anarquista se tornou um verdadeiro exército que exigiu uma imensa mobilização dos soviéticos. Estima-se um número de mais de 40.000 combatentes anarquistas, a maior parte do Exército Negro, que exerceram atividades de luta e resistência até o ano de 1924.
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