Os Titãs do Pacífico
Os EUA construíram uma frota incrível
quando ainda mesmo eram apenas uma potência neutra no conflito. O Japão
tornara-se, em pouco tempo, uma potência naval incontestável, e a falta
de recursos naturais na pequena ilha do Japão propulsionou o desejo
expansionista levado adiante com os gritos de "Banzai!". O
Império do Sol Nascente agora começava a eclipsar a radiante nação
norte-americana. O governo dos EUA não assistiu passivo: empreendeu
imensos esforços para ampliar sua frota. Antes da guerra iniciada pelo
controverso ataque de Pearl Harbor, oficiais americanos e japoneses até
mesmo trocavam informações e conhecimentos, como dois aliados (sempre
tensos). Nesse cenário de apreensão, o trunfo dos norte-americanos foi o
uso dos porta-aviões.
As bestas do mar
Dentre
estas monstruosidades, cita-se aqui as que são consideradas as mais
poderosas máquinas navais de guerra construídas pelos EUA na 2ªGM. Nessa
postagem, será feita análise exclusivamente dos porta aviões, dado o
papel fundamental que exerceram em toda a Grande Guerra, e em especial
no Pacífico. A lista é composta dos dez porta-aviões mais famosos e
imponentes dos americanos nesse conflito titânico.
1: USS Hornet (CV-8)
Foi
o sétimo navio a receber o nome Hornet. O CV-8 foi um porta aviões da
classe Yorktown. Lançou os bombardeios na Doolittle Raid diretamente na
capital japonesa, Tóquio, o que abalou o moral dos japoneses. Participou
da captura e defesa de Guadalcanal e também da batalha das ilhas de
Santa Cruz (nas quais acabou destruído). Recebeu a premiação de quatro
Estrelas de Serviço, além de uma Presidential Unit Citation por conta de extremo heroísmo na batalha de Midway. Entrou
em serviço em 20 de Outubro de 1941. Tinha 251.38m de comprimento total
na plataforma (230m na linha de contato com a água); 35m de largura;
podia pesar até 29.581 toneladas com o máximo de combustível, armamentos
e cargas; chegava aos 62.67km/h; tinha um raio de ação de 23.200km;
espaço para 2919 tripulantes e 90 aviões; seus armamentos constituíam
oito canhões 127mm, 16 armamentos de artilharia antiaérea de 28mm e 24
metralhadoras de 12.7mm, segundo as configurações do projeto original
(recebeu aprimoramentos em Fevereiro e Julho de 1942).
USS Hornet CV-8 |
Originalmente batizado de USS Kearsarge, foi renomeado como USS Hornet CV-12 em honra ao antigo Hornet CV-8, destruído em Santa Cruz. Iniciou as operações em Novembro de 1943, passou por três meses de treino e se uniu às forças no Pacífico. Participou da Operação Magic carpet, levando tropas americanas de volta aos EUA. Depois da 2ªGM, participou da Guerra da Coréia, da Guerra do Vietnã e do programa Apollo. Foi desativado em 1970, e colocado como objeto histórico nacional. Em 1998, foi aberto à visitação pública no USS Hornet Museum, onde permanece até hoje. Tinha 266m de comprimento e 45m de largura; atingia os 61km/h; tinha um alcance operacional de 37.000km; podia carregar uma tripulação de 2600 homens; seu armamento incluía quatro armas de cano duplo 127mm calibre 38, quatro armas de cano único 127mm calibre 38, quatro armas de cano quádruplo 40mm calibre 56, 46 armas de cano único 20mm calibre 78 e podia carregar 100 aviões, dez a mais que o Hornet CV-8. Atingia um peso total de 36.380 toneladas.
USS Hornet CV-12 |
Foi o quarto navio a receber esse nome. Foi um porta aviões leve. Originalmente, era um cruzeiro, e sofreu alterações para se adaptar à função de porta aviões. Foi lançado em Janeiro de 1943, participou das batalhas de Tarawa e Rabaul, sendo torpedeado por aviões japoneses e, assim, obrigado a se deslocar para San francisco de Janeiro a Julho de 1944, para reparos. Depois disso, participou de ataques contra alvos em Okinawa e Luzon, além da batalha de Leyte Gulf, onde a frota japonesa inimiga foi completamente destruída. Atacou também alvos nas Filipinas e no próprio Japão, permanecendo no país até a assinatura da rendição incondicional japonesa. Retornou aos EUA levando tropas americanas, servindo como objeto para testes na operação Crossroads. Voltou para Pearl Harbor e foi levado para San Francisco para estudos, sendo posteriormente afundado e jogado nas ilhas Farallon. Pesava 14.751 toneladas com o carregamento máximo; tinha 190m de comprimento e 33.3 de largura, chegava a 57km/h, tinha um raio operacional de 24.000km, capacidade para 1569 passageiros; seu armamento incluía 26 canhões Bofors de 40mm; tinha capacidade para 30 aviões (9 bombardeios aquáticos, 9 torpedeiros e 12 caças).
USS Independence CVL-22 |
Foi um dos 24 navios da classe Essex de porta aviões. Lançado em Agosto de 1943, participou da Batalha do Golfo de Leyte. Após a 2ªGM, foi modernizado e reativado no início dos anos 1950, passando a atuar como navio antissubmarino. Tomou parte na Guerra do Vietnã, e das missões espaciais Mercury e Gemini. Foi desativado totalmente em 1974, e em 1982 tornou-se a parte vital do Intrepid Sea, Air & Space Museum, em Nova York. Atingia o peso máximo de 36.380 toneladas completamente carregado, tinha 266m de comprimento e 45m de largura; chegava aos 61km/h e tinha um raio operacional de 37.000 km; levava 2600 tripulantes; suas armas incluíam quatro armas de canhão duplo 127mm calibre 38, quatro armas de canhão único 217mm calibre 38, oito armas de canhão quádruplo 40mm calibre 56 e 46 armas de canhão único 20mm calibre 78, e podia carregar até 100 aviões.
USS Intrepid CV-11 |
Chamado de "Fantasma Azul" (The Blue Ghost), foi um porta aviões da classe Essex, foi afundado na batalha do Mar de Coral. Recebeu seu nome em honra à batalha revolucionária de Lexington. Foi lançado em Fevereiro de 1943, acompanhando o navio Admiral Marc Mitscher, acompanhando os navios da Fast Carrier Task Force em suas batalhas pelo Pacífico. Recebeu 11 estrelas de batalha e uma Presidential Unit Citation. Depois da guerra, foi modernizado e reativado no início dos anos 1950, sendo classificado como um navio de ataque, e depois, como um navio antissubmarino. Atuou no Atlântico, no Mediterrâneo e no Pacífico, servindo durante 30 anos como porta aviões de treinamento. Em 1991, foi desativado e doado para servir como navio museu. Podia levar até 110 aviões, pesava um máximo de 42.275 toneladas, tinha 250m de comprimento e 10.41m de largura, atingia 64km/h e tinha um raio de operação de 37.000km; suas armas eram quatro armas de cano duplo 127mm calibre 38, quatro armas de cano único 127mm calibre 38, oito armas de cano quádruplo 40mm calibre 56 e 46 armas de cano único 20mm calibre 78.
USS Lexington CV-16 |
Foi o melhor navio de sua classe, colocado em serviço uma semana depois do fim da 2ªGM. Foi o maior navio do mundo até o ano de 1955. Era tão grande que não podia se deslocar através do Canal do Panamá. Apesar disso, possuía mais manobrabilidade que seus antecessores. Participou da Guerra do Vietnã e da Guerra do Golfo Pérsico, na famosa Operação Tempestade do Deserto. Foi retirado de serviço em 1992, e agora funciona como um navio museu em San Diego. Totalmente carregado, chegava a pesar incríveis 64.000 toneladas, tinha 296m de comprimento e 41.5m de comprimento (72.5m na pista de decolagem); chegava aos 60km/h; suas armas eram compostas de 18 armas Mark 16 de calibre 5/54, 68 canhões Oerlikon 20mm e incríveis 84 canhões Bofors 40mm.
USS Midway CV-41 |
Foi um porta aviões da classe Independence. Recebeu esse nome em homenagem à batalha de São Jacinto, na Revolução do Texas. George W. Bush serviu à bordo desse navio. Foi colocado em operação em 15 de Novembro de 1943, participou das operações da Força Tarefa 58/38, comandada pelo vice almirante Marc Mitscher. Junto com os outros navios do Grupo Aéreo 51, lançou ataques fulminantes contra a esquadra japonesa. Com 189.7m de comprimento e 33.3m de largura, atingindo velocidade próxima a 60km/h, tendo capacidade para carregar 1.549 tripulantes, e com seus armamentos que incluíam 28 canhões Bofors 40mm, 40 canhões Oerlikon 20mm e espaço para 45 aviões, este navio era pequeno se comparado a outros porta-aviões, o que não significava que era insignificante em batalha.
USS San Jacinto CVL-30 |
Porta aviões da classe Essex, construído pouco depois da 2ªGM. Iniciou suas atividades em Novembro de 1945 e participou da Guerra da Coréia e da Guerra do Vietnã. Nos anos 1950, foi alterado para a configuração de embarcação anfíbia, para transporte de helicópteros e soldados. Participou da recuperação da nave espacial Apollo 10. Em 1970 foi desativado, e vendido como sucata em 1971. Comportava 100 aviões, tinha um peso total de 27.100 toneladas, 271m de comprimento e 28m de largura, atingia 61km/h, transportava uma tripulação de mais de 3448 homens e suas armas incluíam 4 canhões de cano duplo de 127mm calibre 38, quatro de cano simples 127mm calibre 38 e uma capacidade de manobras muito considerável.
USS Princeton CV-37 |
Iniciou as operações em Abril de 1943, participou de diversas campanhas no Pacífico e foi desabilitado logo após o fim da guerra. Foi modernizado nos anos 1950 e colocado como porta aviões de ataque, e depois se tornou em navio antissubmarino. Foi usado na Guerra do Vietnã, e também para recuperar peças do Apollo 8. Foi usado no filme The Philadelphia Experiment e no Tora! Tora! Tora! , que recriou o ataque a Pearl Harbor. Foi desativado em 1970 e em 1975 se tornou em um navio museu, na Carolina do Sul. Tinha 36.380 toneladas de peso totalmente carregado, 266m de comprimento e 45m de largura, chegava aos 61km/h e tinha um raio operacional de 37.000km, comportava uma tripulação de 2600 homens e suportava 100 aviões, suas armas eram 4 canhões duplos 127mm calibre 38, quatro canhões únicos 127mm também calibre 38, 8 canhões quádruplos 40mm calibre 56, e 46 armas 20mm calibre 78.
USS Yorktown CVS-10 |
10: USS Franklin D. Roosevelt (CV-42)
Porta aviões da classe Midway, operou a maior parte do tempo no Mar Mediterrâneo, compondo a Sexta Frota. Iniciou as operações em 29 de Abril de 1945 e foi desativado em 1977, vendido como sucata. Chegava a 45000 toneladas completamente carregado, 295m de comprimento e 34m de largura, atingia 61km/h, carregava uma tripulação de até mais que 4104 homens, possuía 18 armas Mark 16 calibre 54 e 21 armas Bofors 40mm calibre 60. Podia transportar até 137 aviões, o que faz dele o porta aviões com maior capacidade para aeronaves de todos os gigantes americanos da Segunda Guerra e períodos recentes ao seu término.
USS Franklin D. Roosevelt CV-42 |
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