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Marco Histórico
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Você consegue imaginar um homem sobreviver à mais sangrenta guerra da História humana apenas com uma "arma" de madeira? Consegue imaginá-lo sendo não apenas um dos poucos sobreviventes, mas um dos únicos que não sofreu nenhum ferimento de guerra? Esse homem existiu, e seu nome foi Franz Hasel: o pacifista que não matou, não morreu e partiu da guerra com sua consciência limpa. E, como se isso não fosse o bastante, desafiou o regime nazista e viveu pra contar seus feitos.

Um homem de 40 anos é convocado
Quando Gerhard Franz Hasel foi convocado, a Alemanha estava em seu pleno auge expansionista. Mas não era de se imaginar que um homem de 40 anos de idade também fosse convocado. Em 1939, ele foi convocado para a guerra. E não foi enviado para uma companhia qualquer: Franz foi escalado para uma unidade de frente de batalha, de soldados de elite, nomeada de Companhia Pioneira 699. A tarefa dos soldados dessa companhia era assegurar a linha de frente, abrir estradas, construir pontes e passagens para que as tropas da retaguarda pudessem avançar. Franz já havia servido nessa unidade de elite durante a Primeira Guerra Mundial. Assim, o homem que não queria fazer guerra teve de deixar para trás sua esposa e seus três pequenos filhos.

Um pacifista no campo de batalha
Na foto, Franz Hasel com sua esposa Helene, sua filha Lotte, seu filho Kurt e seu filho Gerhard.
Franz foi enviado para o fronte na França, 75km longe de seu lar, em Frankfurt. A missão de Franz e seus colegas era garantir passagens para os veículos que teriam diante de si uma missão praticamente impossível: ultrapassar a famosa linha Maginot, uma série de fortificações na fronteira da Alemanha com a França, estendendo-se por 150km. Para os franceses, essa era uma linha intransponível. Mas os ataques aéreos alemães e a manobra pelas Ardenas (uma região montanhosa repleta de árvores), uma região por onde os franceses jamais esperariam um avanço, garantiram que a França fosse dominada em cinco semanas. Em Junho de 1940, os nazistas tomaram Paris.

Rumo ao Leste
Hasel, junto com sua companhia, atravessou a fronteira com a Ucrânia no dia 1 de Julho de 1941. Agora, ele estava na frente Oriental, a mais sangrenta de toda a Segunda Grande Guerra. Conforme os nazistas avançavam pela Ucrânia, eram recebidos como heróis pelos ucranianos, vítimas do pesado jugo soviético. Só em Agosto de 1941, os soviéticos já haviam perdido cerca de 3 milhões de soldados. A vitória parecia fácil e rápida, além de garantida. Entretanto, Hasel não matou um só inimigo nem jamais fez qualquer prisioneiro. O comportamento pacifista de Hasel, completamente diferente da atmosfera e do contexto da guerra, o colocou em perigo por diversas vezes. 

Hasel com seu rifle de treinamento. Durante a guerra,
ele jogaria fora sua arma e só usaria um simulacro de
madeira.
Convicções pessoais
Hasel era um alemão. Um alemão da época nazista. Não é difícil imaginar que ele e sua família tenham seguido a onda dos milhões de compatriotas que rendiam suas vidas ao ideário hitlerista. Mas Hasel e sua casa literalmente foram contra a multidão. Eles jamais se alistaram no Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, o Partido Nazista. Hasel e sua família (sua esposa Helene, sua filha do meio Lotte, seu filho mais velho Kurt e seu filho mais novo, Gerhard) eram adventistas do sétimo dia. A Igreja Adventista do Sétimo Dia foi uma das poucas instituições religiosas da Alemanha que não ofereceram apoio ao regime nazista. Na verdade, para as autoridades nazistas, ser adventista era sinônimo de ser judeu. Assim, tanto Franz quanto sua família sofreram diversos assédios durante todo o período nazista. Hasel não poderia participar ativamente de uma guerra: ele foi para o campo de batalha contra a sua vontade. Mas, segundo suas determinações espirituais, decidiu que não mataria, mesmo que fosse necessário fazer isso para se defender. Se ele voltasse vivo, seria unicamente por conta da vontade divina. A fé de Hasel foi totalmente contrária aos princípios racionais básicos de um soldado no campo de batalha. Mas ele não somente iria sobreviver, como toda a sua família sairia intacta. 

Sem filiação, sem comida
http://fc07.deviantart.net/fs70/f/2012/200/c/a/hitlerjugend_march_by_themistrunsred-d57teiq.jpg
Unidade da Juventude Hitlerista (Hitlerjugend). Kurt, o filho mais velho de Hasel e Helene, chegou a participar temporariamente da organização, mas ao perceber a ideologia do movimento, Helene retirou-o do grupo. Eventualmente, Kurt teve de fugir.
Enquanto Franz estava no campo de batalha, Helene e seus filhos estavam em Frankfurt. Como Helene não era membro do Partido Nazista, sofria graves riscos de perder seus vales de alimentação e outros benefícios sociais. Como seus filhos não estudavam aos sábados, por diversas vezes ela sofreu a pressão do diretor da escola, com ameaças de que eles seriam expulsos e não poderiam concluir seus estudos. Doering, um vizinho seu, membro do Partido, começou a assediar Helene dizendo que, caso ela não se filiasse, perderia a guarda de seus filhos. A sra. Holling, uma vizinha judia de Helene, foi levada pela Gestapo e levada ao campo de concentração de Theresienstadt. Felizmente, ao fim da guerra, ela voltou com vida. Helene teve de viver escondida, durante um tempo, em uma floresta, junto com a sra. Fischer, uma caridosa e gentil senhora que deu abrigo a ela e a seus filhos. Certa vez, quando Helene teve seus benefícios bloqueados e quase ficou sem ter o que comer, se dirigiu ao chefe do Partido Nazista em Frankfurt, Gauleiter Springer. Gauleiter era conhecido por seus métodos de carniceiro e por ser extremamente desumano. Mas, de uma maneira inexplicável, foi permitido novamente o recebimento da pensão para Helene. Ele explicou que uma família, os Scheneider, havia dado apoio a Springer e sua família quando sua casa foi bombardeada. Por "coincidência", os Schneider também eram adventistas. O que Helene não esperava, era que o homem que ela pensava ser Gauleiter, na verdade era alguém que o estava substituindo somente naquela dia, pois Gauleiter nunca havia faltado ao seu posto.

Um retorno e uma filha 
Em 1943, Franz fez um pequeno retorno à Frankfurt, que não duraria muito tempo. Ele reviu seus familiares e seus filhos. Daquele reencontro, nasceria uma nova criança: Susi, a pequenina sobrevivente da guerra. Frankfurt sofreu pesados bombardeios nos anos finais da guerra, mas nem o frágil bebê, nem as crianças, nem Helene sofreram qualquer tipo de dano por conta das bombas. O bloco de prédios onde eles moravam foi um dos únicos locais não destruídos pelas bombas dos Aliados. 

Manias ou fidelidade?
http://ecx.images-amazon.com/images/I/91t9rZg-4hL._SL1500_.jpg
Capa do livro em versão polonesa, contando
a fantástica história de Hasel.
Durante a guerra, Hasel não permitiu que as terríveis circunstâncias o fizessem deixar de cumprir com suas doutrinas e com suas obrigações religiosas. Os soldados alemães recebiam cada vez menos suprimento, e, do pouco que recebiam, a principal parte eram derivados de porco. Franz não podia comer carne de porco, por conta de seus princípios (o que muitas vezes o fez ser confundido com um judeu). Com a ajuda de um amigo cozinheiro, Willi,  ele conseguiu se virar, arranjando outras coisas para comer, como porções extra de pão e leite. Era incrível como, em meio a tanta escassez, Franz nunca tivesse ficado sem ter o que comer. Franz foi promovido a um posto maior, e teria direito de escolher qualquer arma que quisesse. Entretanto, ele jogou fora sua pistola e, no lugar, fez um simulacro de madeira, parecido com sua pistola antiga. Essa foi a única "arma" de Franz durante grande parte de sua estadia na guerra. Ele era um ótimo atirador, considerado o melhor de seu pelotão, mas jamais realizou um disparo sequer contra seus inimigos. 

Ajudando amigos e "inimigos"
Enquanto Hasel serviu no campo de batalha, ajudou diversas pessoas. Não raramente, quando sabia que a SS (a elite militar nazista mais fanática) iria executar um extermínio em determinado lugar, ele conseguia, secretamente, avisar os habitantes para que pudessem fugir. Ao realizar missões em locais onde haviam campos de prisioneiros, Hasel também dava comida a eles. É importante lembrar que ajudar prisioneiros ou inimigos, mesmo que apenas dando comida além daquela que era oficialmente distribuída, ou mesmo tratar de ferimentos, era um ato de alta traição passível de ser punido com a morte. Hasel não pode ser considerado um traidor: por diversas vezes ele conseguiu salvar vários de seus companheiros alemães. Em uma das ocasiões, Hasel ajudou um judeu que havia sido alvejado, mas havia sobrevivido, quando seu tenente, Gutschalk, matou-o na sua frente e ameaçou Hasel.
Hasel salvou o batalhão inteiro de um ataque de tanques russos, avisando-os a tempo de fugir e levando-os a um lugar seguro; queimou documentos secretos que estava sob sua responsabilidade e confiança e nunca entregou informações ao inimigos. Por esses e vários outros motivos, não podemos considerá-lo um traidor.

http://www.cpbeducacional.com.br/wp-content/uploads/sites/2/2014/09/MIL-CAIRAO.jpg
Capa do livro "Mil cairão ao teu lado", versão em Português
da vida de Hasel e sua família, contada por sua filha mais nova,
Susi.
O fim da guerra e o retorno
Ao final da guerra, em 1945, quando o sonho nazista havia acabado, Hasel retornou à Frankfurt em esperança de encontrar sua família. Da unidade dele, composta de 1200 homens, apenas 7 soldados sobreviveram. Desses sete, três não sofreram nenhum ferimento de guerra, e Hasel era um deles. As tropas aliadas faziam a rendição e a vistoria das diversas tropas alemãs desmobilizadas. Aqueles que eram identificados como membros da SS eram automaticamente detidos. Aqueles que tivessem crimes denunciados também eram aprisionados. Erich, o sargento de Hasel, foi o responsável pela rendição da unidade de Pioneiros. Erich, Hasel, Karl e Willi (amigos de Hasel) não tiveram qualquer problema e foram reorientados para sua liberdade.

Lutar sem ferir
Hasel foi um homem valente que não se rendeu ao poder das massas, nem deixou sua mente sequestrar-se pelo discurso cativante nazista. Sua mulher foi igualmente valente: mesmo com o medo e o risco de perder o sustento dela e de seus filhos, ela jamais se submeteu ao Partido Nazista nem cedeu às chantagens de seus partidários. Durante a Segunda Guerra, praticamente todas as famílias tinham um membro com ferimentos de guerra, algum falecido ou uma casa bombardeada. Mas nem Hasel, com apenas uma arma de madeira, nem sua família, sofreram qualquer ferimento nem sua casa foi danificada com qualquer bombardeio. Hasel não pode ser considerado um traidor: foi fiel aos seus irmãos alemães, mas não a um partido ou uma ideologia do governo; lutou ajudando os mais necessitados e seguiu seus princípios mesmo quando parecia ilógico segui-los.

Hasel, depois da guerra, atuou como missionário,
até sua morte, aos 92 anos.
A família é tudo
Franz trabalhou como missionário até aos 92 anos de idade, quando veio a falecer. Ele leu a Bíblia 89 vezes durante sua vida. Helene, sua esposa, morreu aos 82 anos com artrite reumatoide. Durante os últimos 20 anos de sua vida, ela escreveu mais de 2000 poemas. Sobre os filhos do casal: Kurt tornou-se pastor e horticultor, casou-se com Berbel e teve três filhos com ela (Jutta, Bettina e Frank); Lotte casou com um militar norte americano, William, e foi morar nos EUA, e tiveram dois filhos, Tedd e Susan; Gerhard tornou-se professor universitário nos EUA, e escreveu mais de 300 artigos acadêmicos, especializado em História Antiga, morreu em 1994, num acidente de carro, deixou três filhos com sua esposa Hilde (Melissa, Marçema e Michael); Susi, a filha mais nova, casou-se com Bill e concluiu um mestrado em Psicologia Clínica, e teve dois filhos, Marcus e Rico.
Elizabeth Feodorovna, grã-duquesa de Hess e Rhine
Inúmeras mulheres constituem aquilo que podemos considerar como "tesouros", tanto para a História quanto para a própria vida. Muitas delas exerceram grande influência política, econômica, religiosa e cultural. Uma destas grandes mulheres foi a grã duquesa Elizabeth Feodorovna, uma mulher que, posteriormente, devotou sua vida ao cuidado dos mais necessitados.

Infância
Elizabeth Feodorovna veio de uma linhagem aristocrática. Filha do grão-duque Louis IV de Hesse e da princesa Alice do Reino Unido, nascida em  1 de Novembro de 1864 em Bessungen,Darmstadt, na província de Hesse, no Império Alemão, ela viveu sua infância como neta da famosa rainha Vitória do Reino Unido. Vitória tinha tantos netos e netas e parentes correlatos pela Europa afora que foi apelidada de "avó da Europa". Sua mãe lhe deu este nome de batismo após visitar um santuário da Santa Elizabeth da Hungria, uma das ancestrais da casa dos Hesse em Marbugr. Como tornou-se devota da santa, decidiu homenageá-la batizando sua filha com este nome.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fc/The_Hessian_family_in_1876.jpg
A família de Elizabeth, da Casa dos Hesse. Ela era a filha mais velha.

Ancestralidade aristocrática
A mãe de Elizabeth veio de uma das mais antigas e nobres casas da Alemanha. Entretanto, Elizabeth viveu uma infância considerada modesta pelos padrões da realeza. Por exemplo: desde cedo, ela e as outras crianças costumavam limpar e arrumar seus próprios quartos, limpar o chão e as escadas. Durante a guerra Austro-Prussiana, Elizabeth, ainda pequena, visitava feridos de guerra junto com sua mãe. Elizabeth, apesar de alemã, cresceu cercada de costumes britânicos, sendo sua mãe neta da rainha Vitória. Sua primeira língua foi o Inglês. A própria Elizabeth disse, mais tarde, que ela e seus irmãos falavam Inglês com sua mãe e Alemão com seu pai.

http://25.media.tumblr.com/tumblr_m7ki7zavaG1rstzylo1_500.jpgPerdas familiares
Uma epidemia de difteria se alastrou na família de Elizabeth. Ela chegou a perder sua irmã mais nova, Marie, em 16 de Novembro de 1878. Sua mãe, Alice, também morreu no mesmo ano, em 14 de Dezembro. Elizabeth foi então enviada para a casa de seus avós paternos, para preservar sua saúde. Ela foi a única de sua família que permaneceu livre da difteria. No fim da epidemia, ela retornou para sua casa, e descreveu a experiência como uma sensação terrivelmente triste, como se tudo fosse apenas um "sonho horrível".

Beleza admirável
Dona de uma personalidade cativante e de uma grande inteligência, Elizabeth é descrita por muitos historiadores como a mulher "mais bonita da Europa" em sua época. Ela conquistou o coração de vários dos homens mais poderosos de sua época. Um deles foi o Imperador alemão William II, que se tornou apaixonado por ela e chegou a escrever diversas cartas e poemas para Elizabeth. Ela educadamente recusou suas tentativas, e, em consequência disso, William interrompeu seus estudos e voltou para a Prússia. Lord Charles Montagu, Henry Wilson e Frederick II foram outros de vários de seus admiradores declarados e secretos. Seu cunhado, o grão-duque Konstantin Konstantinovich escreveu-lhe um poema registrando a admiração do povo na chegada de Elizabeth, em sua primeira visita à Rússia. O príncipe Felix Yussupov a considerou como sua "segunda mãe", por tê-lo ajudado durante os momentos mais difíceis de sua vida. O embaixador francês na Rússia, Maurice Paleologue, escreveu em suas memórias que Elizabeth era capaz de provocar "paixões profanas".

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/42/Sergei_and_his_wife.jpg
Elizabeth e seu marido, Sergei Alexandrovich.
Paixão e amor
De todos os grandes homens que se apaixonaram por Elizabeth, ela se apaixonou apenas por um: Sergei, filho da imperatriz Maria Alexandrovna da Rússia. Sergei, um jovem sério e extremamente religioso, muito culto, conquistou o coração da jovem monarca. Após a morte dos pais de Sergei, Elizabeth começou a enxergá-lo de forma diferente, tendo mais apreço pelo jovem príncipe. Elizabeth se identificou com seu amado: ambos perderam seus pais cedo, ambos eram bem religiosos, artistas e intelectuais. Os mesmos problemas, as mesmas forças. Entretanto, apesar dessa atração mútua, Elizabeth recusou o primeiro pedido de casamento de Sergei. Só na segunda ocasião ela disse "sim", e os dois se casaram em 15 de Junho de 1884, na capela do Palácio de Inverno, em São Petersburgo. Ela tornou-se então grã-duquesa e recebeu o sobrenome Feodorovna. Elizabeth causou uma grande e positiva impressão na família de seu marido. Isso pode significar muita coisa, já que russos não gostam de qualquer pessoa sem uma boa razão. O casal foi morar no palácio de Beloselsky-Belozersky.

Vida familiar
 Sergei tornou-se governador general de Moscou, apontado por seu irmão mais velho, o tzar Alexander III. Agora, o casal estava morando em um dos palácios do Kremlin. Elizabeth e Sergei nunca chegaram a ter filhos, mas organizavam festas para diversas crianças. O casal ajudou a cuidar também do pequeno grão duque Dmitri Pavlovich e da pequena grã duquesa Maria Pavlovna, sobrinhos de Sergei. Elizabeth era originalmente adepta do luteranismo, e nunca lhe foi exigido converter-se à religião ortodoxa russa. Mas, voluntariamente, ela se converteu em 1891. No casamento de Nicolau II, o último czar da Rússia, com sua irmã mais nova Alix, ela foi instrumentista. Assim como sua irmã, Alix apenas aceitou a proposta de casamento de Nicolau quando ele a fez pela segunda vez.
Elizabeth e Sergei.

Parda e dor
As ações políticas de Sergei não foram tão românticas. O grão duque expulsou aproximadamente 20.000 judeus de Moscou, dando seguimento à política anti semita dos tzares russos. Em 18 de Novembro de 1905, Sergei foi assassinado por um revolucionário socialista chamado Ivan Kalyavey. Elizabeth tornou-se profundamente triste e melancólica com a perda de seu marido.

Perdão e devoção
Elizabeth teria todos os motivos para condenar o assassino de seu marido. Mas sua atitude surpreendeu a todos: ela não só perdoou publicamente a Kalayavey como inscreveu na lápide de seu marido os dizeres "PAI, PERDOAI-LHES, POIS NÃO SABEM O QUE FAZEM". Elizabeth nunca mais se casou, e devotou sua vida ao serviço para os mais necessitados. Ela tornou-se vegetariana e passou a vestir roupas simples. Em 1909, ela vendeu suas jóias e suas propriedades luxuosas, incluindo seu anel de casamento, e com o dinheiro fundou o convento de Santa Marta e Santa Maria. Ela também fundou um hospital, uma capela, uma farmácia popular e um orfanato. Elizabeth e suas freiras trabalharam intensamente com os necessitados de Moscou.

Prisão
Em 1917 a Revolução Bolchevique, bem sucedida, depõe a última família imperial da Rússia. Muitos membros da realeza são mortos, outros são presos e mantidos sob custódia. No ano de 1918, Vladimir Lênin ordenou à Cheka ("Comissão de Emergência Soviética", uma espécie de polícia especial comunista) que prendesse Elizabeth e outros membros da família real. Ela foi levada juntamente com o grão-duque Sergei Mikhailovich Romanov, a princesa Ioann Konstantinovich, Konstantin Konstantinovich, Vladimir Pavlovich, Igor Konstantinovich, Feodor Rmez e Varvara Yakovleva (uma das irmãs do convento fundado por Elizabeth).  Eles foram levados para a cidade de Alapaevsk em 20 de Maio de 1918, mantidos em prisão na escola de Napolnaya. No dia 17 de Julho do mesmo ano, alguns oficiais da Cheka e outros comunistas roubaram o que restava dos objetos pessoais dos prisioneiros. Naquela mesma noite, anunciaram aos cativos que eles seriam transferidos à fábrica de Siniachikhensky. Os guardas do Exército Vermelho foram substituídos por oficiais da Cheka para "cuidar" dos prisioneiros.

Elizabeth, vestida como freira. Após a morte do marido, ela dedicou
o resto de sua vida aos mais necessitados.
Morte e Martírio
Naquela mesma noite, Elizabeth e os outros prisioneiros foram acordados e levados para o vilarejo de Siniachikha, em carros, rumo a uma mina abandonada de aproximadamente 20 metros de profundidade. Elizabeth e os demais prisioneiros foram retirados dos veículos, e, após serem espancados, foram jogados mina abaixo. Os soldados lançaram uma granada no buraco, e apenas Feodor Remez morreu na explosão. Depois, jogaram mais granadas, mas apenas ouviam os prisioneiros cantando um hino ortodoxo. Os executores, liderados por Vassili Ryabov, desistiram de matar os prisioneiros, apenas escondendo a entrada da mina com galhos e deixando guardas no lugar. Elizabeth provavelmente morreu dias depois, por conta dos ferimentos das explosões, junto com os outros presos. A data de sua mote é inexata. Em 18 de Julho de 1918, Abramov, um dos líderes da Cheka, fez um comunicado oficial com telegramas dizendo que "a escola de Napolnaya havia sido atacada por gangues não identificadas", e que os prisioneiros teriam sido mortos por conta desse ataque. Elizabeth foi canonizada pela Igreja Ortodoxa Russa Fora da Rússia, em reconhecimento por sua vida de devoção. Podemos considerá-la como uma aristocrata de espírito humilde, uma mulher devotada à família e aos mais necessitados. Elizabeth é uma das vítimas da triste e obscura parte da Revolução Socialista de 1917 e a figura da união da nobreza europeia em uma só pessoa. Elizabeth foi um pouco da Alemanha e da Inglaterra dentro da Rússia.







Alguns homens parecem nascidos para a guerra. Eles são líderes talentosos por natureza e parecem até mesmo imbatíveis em campo de batalha. É notório que o sucesso de um comandante militar só é possível através da dedicação e do esforço de cada um de seus soldados; mas não devemos negligenciar a importância de um caráter de liderança forte. Anton Ludwig August Von Mackensen sem dúvida foi um destes homens.

Nasce um mito
O marechal August Von Mackensen nasceu de uma família humilde, na província prussiana da Saxônia, na cidade de Haus Leipnitz, em 6 de Dezembro de 1849. Desde cedo, o gênio militar de August foi observado por seus pais, que lhe educaram para esse propósito. Em sua juventude, uniu-se ao exército, atuando como voluntário do Leib-Husaren-Regiment Nr. 2 (Segundo Regimento Hussardo de Vida), e cresceu rapidamente através das patentes. Ele chegou a liderar o Regimento de Elite Hussar. Mackensen, orgulhoso de sua posição, passou a utilizar o típico uniforme negro dos Hussars. Durante a guerra Franco-Prussiana, da qual Otto Von Bismarck foi um grande estrategista, Mackensen tornou-se um veterano condecorado e depois se uniu ao Estado Maior dos Generais da Alemanha. Foi até mesmo tomado como um possível sucessor para o marechal de campo Alfred Von Schlieffe. Foi condecorado com a Cruz de Ferro. 

O melhor cavaleiro da Alemanha
Mackensen deixou o serviço militar após a guerra Franco-Prussiana e estudou na Universidade de Halle. Em 1873, ele retornou ao exército comandando o seu antigo regimento. Mackensen foi considerado como o melhor cavaleiro do Império, sendo direcionado para ministrar aulas como tutor de História Militar sob a administração do futuro kaiser Wilhelm II, que, depois, matriculou seu próprio filho para tomar aulas com Mackensen.

Amigo do kaiser
Mackensen manteve relações próximas com o imperador, que se mantiveram por muitos anos. Em 1891, ele se uniu ao Estado Maior em Berlim. Mackensen foi muito influenciado por Alfred Von Schlieffen, o chefe do Estado Maior militar. De 17 de Junho de 1893 a 27 de Janeiro de 1898, ele comandou o Leib-Husaren-Regiment Nr. 1 (Primeiro Regimento Hussardo de Vida). Mackensen recebeu um título de nobreza em 27 de Janeiro de 1899, sendo, a partir de então, chamado de August Von Mackensen. De 1901 a 1903, ele liderou o Leib-Husaren-Brigade (Brigada de Vida Hussar). De 1903 a 1908 ele liderou a 36ª Divisão de Danzig.

Cargos e mais cargos
Quando Schlieffen se retirou de seu cargo como chefe de Estado Maior militar, em 1906, Mackensen foi tido como o sucessor mais provável. Mas o empregou acabou sendo ocupado por Helmuth Von Moltke. No ano de 1908, Mackensen recebeu o comando do 17º Corpo do Exército, até pouco antes da eclosão da Primeira Guerra Mundial.

Contra os russos
Aos 65 anos de idade, Mackensen entrou para a guerra em 1914, no comando do 17º Corpo do Exército, como parte do 8º Exército, sob as ordens do general Maximilian Von Prittwitz, e, depois, sob as ordens de Hindenburg. O Exército Imperial Russo invadiu o oeste da Prússia, para onde Mackensen foi após vencer as batalhas de Gumbinnen e Tannenberg. Em 2 de Novembro de 1914, ele tomou o comando do 9º Exército. Ele também venceu batalhas em Łódź e em Varsóvia, na Galícia e tomando as cidades de Przemyśl e Lemberg. Ele recebeu a Pour le Mérite on 3 de Junho de 1915 e promovido a marechal de campo em 22 de Junho do mesmo ano. Após sua bem sucedida campanha contra os russos, recebeu a Ordem da Águia Negra, a mais alta condecoração da Prússia. Em 4 de Junho ele recebeu também a Ordem Militar de Max Joseph, a mais alta honraria militar da Bavária.

Sérvia...
Em Outubro de 1915, Mackensen comandou o novo Grupo Mackensen de Exército (Heeresgruppe Mackensen), reunindo tropas austríacas, alemãs, húngaras e búlgaras contra a Sérvia. A vitória foi decisiva e esmagou as tropas do governo sérvio hostil ao Império Alemão. Após um período, entretanto, o exército sérvio em seus remanescentes foi recuperado e rearmado pelos franceses e italianos,  lutando no front Macedônio. Mackensen nunca subestimou as tropas sérvias, apesar de não serem tão fortes quanto os franceses e russos. Sabia que estava lutando em território inimigo e, por isso mesmo, deveria ter mais cuidado. Em Belgrado, Mackensen encontrou uma resistência sérvia obstinada. Acabou por  vencer, e, em honra aos inimigos derrotados, erigiu um monumento aos guerreiros sérvios com os dizeres "HIER RUHEN SERBISCHE HELDEN" (Aqui descansam os heróis sérvios), tanto em língua alemã quanto em língua sérvia. Sua consideração foi tão grande que, dentre todos os inimigos dos sérvios, apenas ele é mencionado com honra.

http://i.imgur.com/eme2zsZ.jpg
Mackensen e o Kaiser Wilhem II. Mackensen deu aulas para o filho do imperador da Alemanha.

... e Romênia
Em 1916 Mackensen, sob as ordens de Erich Von Falkenhayn, liderou uma campanha bem sucedida contra a Romênia. Comandou uma tropa de búlgaros, turcos otomanos e alemães. Obteve vitórias contra todos os exércitos opositores. Em 1917 ele foi condecorado com a Grande Cruz da Cruz de Ferro, um prêmio que só foi concedido a ele e a outros quatro comandantes da Primeira Guerra. Em 1917, Mackensen tornou-se o governante da Romênia ocupada. O exército romeno foi reorganizado e August tentou destruí-lo novamente, na batalha de Mărăşeşti. Entretanto, a batalha terminou sem vencedores, com muitas baixas de ambos os lados. Esta foi a primeira batalha onde Mackensen não obteve a vitória. Ao fim da guerra, ele foi capturado pelo general francês (aliado dos romenos) Louis Franchet d'Esperey, na Hungria. Até Novembro de 1919, ele foi mantido como preso militar em Futog.


http://gmic.co.uk/uploads/monthly_04_2007/post-119-1176584828.jpg
Mackensen era ao mesmo tempo admirado e odiado pelos nazistas:
admirado por ser um herói nacionalista; odiado por ser um
opositor do regime.
Descansando as pernas
Em 1920, Mackensen saiu da vida militar. Ele se opôs ao recente sistema republicano, e se afastou da vida política. Em 1924, ele mudou sua mentalidade e começou a usar sua imagem de herói de guerra para dar suporte político aos monarquistas conservadores. Começou a aparecer em público, em seus trajes militares, e participou ativamente de grupos militares como o Stahlhelm e a Sociedade Schlieffen. Em 1932, ele deu apoio ao candidato Paul Von Hindenburg, contra seu oponente, Adolf Hitler.

Opositor
 Em 1933, Adolf Hitler toma o poder. É difícil dizer com exatidão se Mackensen foi um opositor ou um apoiador do regime nazista. Por algumas de suas atitudes, podemos considerar que ele não foi o maior fã do nazismo.Ele abertamente apoiou os opositores de Hitler; criticou abertamente a política de massacres nazistas na Polônia e desobedeceu várias das ordens de Hitler. Ele só não foi eliminado pois sua figura, popularmente conhecida e admirada, fazia dele um "adversário intocável". No funeral do antigo Kaiser Wilhelm II, na Holanda, Mackensen apareceu com seus trajes militares em honra ao seu antigo imperador, contrariando as ordens de Hitler para que nenhum militar comparecesse ao evento.

Fim de uma Odisseia
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f5/Bundesarchiv_Bild_183-R11236,_August_von_Mackensen_mit_Familie.jpg
Mackensen e sua família, em seu aniversário de 80 anos.

Mackensen sobreviveu ao Nazismo e à Segunda Guerra. Ele foi encontrado, em 15 de Abril de 1945, por tropas britânicas, em sua casa. Quando os soldados o capturaram, esperavam que ele fizesse uma declaração formal de rendição com exigências, mas ele apenas teria pedido que "não deixassem que os trabalhadores estrangeiros roubassem suas galinhas". August Von Mackensen foi um dos últimos cavaleiros da Alemanha. Fez do exército imperial alemão uma máquina forte, foi decisivo para as vitórias na Primeira Guerra e nas campanhas da Sérvia e da Romênia. Mackensen foi um ativo e corajoso opositor do regime nazista, se posicionando contra a execução dos generais Ferdinand Von Bredow e de Kurt Von Schleicher na "Noite das Facas Longas", um massacre nazista contra opositores. Mackensen era a figura do velho homem, do resquício do Império Alemão, um conservador convicto e um dedicado monarquista, mas também foi a oposição viva a um regime usurpador, sempre enérgico e destemido, tão famoso por seus atos que jamais pôde ser eliminado por seus inimigos. Morreu em 8 de Novembro de 1945, com a idade de 95 anos. Ele assistiu, durante sua vida, o Reino da Prússia, a Confederação do Norte da Alemanha, o Império Alemão, a República de Weimar, a Alemanha Nazista e a Alemanha ocupada do pós-guerra. Seu respeito aos inimigos foi também uma de suas marcas.


O "Chanceler de Ferro", como ficou conhecido o bigodudo Otto Von Bismarck, foi o pai que deu origem à moderna nação alemã. Bismarck foi o responsável por unificar vários Estados germânicos em uma só nação. Assim, o "leão marinho da Prússia" conseguiu não apenas criar um país, mas uma potência global que chegou mesmo a rivalizar com o Império Britânico.

O Chanceler de Ferro
Otto Eduard Leopold Von Bismarck nasceu de uma família aristocrática de Schönhausen, a noroeste da cidade de Berlim, no dia 1 de Abril de 1815. Apesar de ter nascido no dia da mentira, Bismarck transformaria os Estados alemães em uma grande nação, que colocaria a quase hegemônica presença russa e inglesa em cheque. Desde sua infância, Bismarck recebeu de seus pais a melhor educação elementar, e, na juventude, estudou na Universidade de Göttingen. Depois de formado, entrou para o serviço público da Prússia. Mas logo ficou entediado com o trabalho burocrático. Em 1838, Bismarck sai do serviço público: logo ele fará sua verdadeira carreira. Durante praticamente toda a década seguinte, Bismarck passou a ajudar seu pai a administrar as propriedades da família. 

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Bismarck e sua esposa, Johanna.
Idealismo e praticidade
1847 foi um ano decisivo para a construção da personalidade de Bismarck. Ele se casou com Johanna Von Puttkamer, e sua vida ganhou um ar mais estável. Ainda nesse mesmo ano, Bismarck se converteu à tradição cristã luterana, a confissão de fé mais comum dentre os Estados germanos. Ainda em 1847 ele começou sua carreira política na legislatura da Prússia, onde ele conquistou rapidamente a reputação de um "ultra conservador realista". 

Carreira Política
Em 1851, o rei Frederick Wilhelm IV apontou Bismarck como representante do Estado da Prússia na Confederação Germânica. Bismarck também passou a atuar como embaixador prussiano na Rússia e na França. No ano de 1862 ele retorna à Prússia e é apontado como primeiro ministro pelo novo rei, Wilhelm I. Bismarck experimentou, assim, uma rápida subida política e um grande crescimento em sua reputação, em apenas 11 anos de carreirismo.
 
Unificando irmãos e primos
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Bismarck, montado em um de seus cavalos.
Individualmente, os Estados germânicos não eram insignificantes. A Prússia, por exemplo, era uma forte potência europeia. Mas Bismarck compreendeu que, naquela situação, forças regionais isoladas não seriam capazes de realmente rivalizar com as grandes potências continentais. Para ele, a unificação destes Estados em uma só nação passou a ser não apenas um objetivo, mas uma realidade que em breve deveria se concretizar. Ele obteve apoio austríaco, e conseguiu tomar, militarmente, as províncias de Holstein e Schleswig da Dinamarca. Incapaz de persuadir os Estados alemães do Sul, Bismarck provocou intrigas contra a França, criando, assim, um motivo exterior que pudesse forçar a união dos alemães e fazê-los esquecer os problemas internos. 
"A liberdade é um artigo muito luxuoso para ser conquistado
por qualquer um" - Bismarck
  
Vitória na guerra Franco-Prussiana
A França saiu derrotada do conflito, e isso permitiu que os Estados germânicos do Sul se reunissem com a Federação criada por Bismarck. Em 1871, eles concordaram em se unir ao império alemão, do qual Wilhelm I da Prússia tornou-se o imperador. A vitória sobre a França mostrou o poder da recente nação alemã, que, já tão jovem, causou temor em seus rivais.

"Se você gosta de leis e salsichas, é bom que você nunca veja uma lei sendo criada
ou uma salsicha sendo produzida" - Bismarck
Bismarck, o primeiro chanceler
Agora unificada, sob a liderança dos prussianos e austríacos, o Império Alemão, o Reich, tinha como primeiro imperador o novo kaiser Wilhelm I e como chanceler Bismarck. Bismarck atuou de forma decisiva, de modo que era praticamente impossível considerá-lo como o "segundo" homem no poder da Alemanha. Bismarck se empenhou em construir um poderoso Estado, com uma identidade comum. Ele trabalhou para diminuir a influência do catolicismo, presente principalmente na região Sul da Alemanha. Ele também se empenhou em esmagar a influência dos socialistas, tomando para si a causa trabalhista e instalando as primeiras leis trabalhistas, pensões e previdência. Em 1879, ele negociou uma aliança com a Áustria-Hungria, com o claro objetivo de rivalizar com a França e a Rússia. Posteriormente, ele obteve também a adesão da Itália nesta aliança. Para prevenir uma hostilidade britânica, dois acordos foram assinados em 1887, para manter uma situação estável entre a Alemanha e a Inglaterra. Em 1890, Bismarck entrega suas funções após intrigas e divergências com o novo imperador, Wilhelm II. 

Legado e Heranças
Bismarck, após a entrega de suas funções, mudou-se para uma propriedade sua perto de Hamburg, até sua morte, em 30 de Julho de 1898. Podemos considerar Bismarck como o pai da nação alemã, não em seu advento cultural, mas em sua realização factual e administrativa. Bismarck não chegou a atingir a maior posição política de seu país, mas suas ações decisivas fazem com que ele sejam muito mais do que o "número dois". A configuração alemã permitiu a rápida industrialização do país, e o medo da "ameaça comunista" foi sanado no governo de Otto, já que ele abraçou para si a causa trabalhista, tirando os méritos dos vermelhos. As políticas culturais de Bismarck criaram um vívido patriotismo, uma atmosfera decisiva para a postura bélica alemã e suas repercussões nas duas guerras mundiais. É impossível imaginar a existência de uma Alemanha (última nação europeia a se unificar) sem a existência de um homem como Bismarck. Apesar de ter sido um hábil negociante e político, Bismarck concretizou seus objetivos mais pela força das armas. É dele a célebre frase: "Farei a unificação, mesmo que seja necessário fazê-la à ferro e fogo".


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O tzar Nicolau II e sua família. Em 1918, todos eles foram executados pelos bolcheviques.

Quando estudamos o ano de 1917, logo nos vêm à cabeça o início da União Soviética. Pensamos nos revolucionários triunfantes, na bandeira vermelha com a foice e o martelo e a vitória dos Bolcheviques. Mas não paramos para pensar que, se 1917 significou a alegria dos comunistas, também foi o fim de um modelo de governo milenar, um "semi" feudalismo existente em pleno século XIX. O "ano vermelho" foi o fim do tzarismo russo e a derrocada de um regime que misturava autoritarismo, populismo russo, aristocracia, misticismo e sentimento paternalista com um forte apelo nacionalista.
À direita, o pequeno Nicolau II,
o futuro tzar da Rússia.



O Tzarismo

O regime tzarista, iniciado por Ivan IV, o Terrível, no ano de 1530, era um regime centralizador, teocrático e autoritário de cunho monárquico. O tzar, ou imperador, era o detentor de um poder centralizado naquilo que podemos considerar como "monarquia absolutista". A aliança entre o poder do tzar e o clero religioso da Igreja Ortodoxa Russa era bem estreita e os líderes religiosos validavam o poder do tzar. A Rússia era, então, um Império, onde territórios e nações aglutinadas sofriam um processo de russificação (assimilação à cultura russa), o que, na prática, limitava muito a liberdade das minorias étnicas aglutinadas ao império russo. 

Casas reais
Fazendo uma breve listagem dos tzares, percebemos que os diferentes grupos familiares que passaram pelo poder eram divididos em Casas, ou seja, em diferentes dinastias. Podemos citar a Casa dos Rurikovich, a Casa dos Godunov, a Casa dos Shuysky, a Casa dos Vasa e a Casa dos Romanov. Estas diferentes casas não fizeram uma sucessão sempre pacífica entre si: durante alguns momentos, houveram usurpadores, como os falsos Rurikovich usurpadores, que reinaram de 1 de Junho de 1605 a 28 de Março de 1611. Durante a dominação mongol, os soberanos russos eram submetidos ao comando dos invasores, até que o jugo da Horda Dourada foi sobrepujado e os  russos foram novamente livres.

http://fc08.deviantart.net/fs71/i/2013/044/f/b/tsar_nicholas_ii_by_kraljaleksandar-d5us5ve.jpgO último Tzar
Nikolai Aleksandrovich Romanov, mais conhecido como Nikolai II (em nossa língua, Nicolau II), nasceu perto de São Petersburgo em 18 de Maio de 1868. Foi o filho mais velho do tzar Alexander III. Sucedeu o pai subindo ao trono em 1894. Neste mesmo ano, casou-se com a princesa Alexandra, uma monarca alemã. Eles tiveram cinco filhos: quatro meninas e um menino, Alex, que era portador de hemofilia. Nicolau governou por pouco tempo, e não pôde confiar em seu corpo de ministros.

Derrota Humilhante
Nicolau incentivou a expansão imperial russa, especialmente na região da Manchuria, disputada com o Japão. O resultado foi o envolvimento em uma guerra prematura contra o Japão que, na época, já dava sinais de seu poderio naval. Os russos, menos preparados, sofreram pesadas baixas e saíram derrotados do conflito. A situação do país, já precária, agravou-se ainda mais. A frágil economia russa, majoritariamente agrícola, começou a dar sinais de tropeço, e a situação no campo piorou.

Uma Rússia paradoxal
É mentira que a Rússia do século XIX não possuía nenhum nível de industrialização. Em verdade, havia um conjunto razoável de indústrias, mas eram concentradas em torno de São Petersburgo, então, capital do Império Russo, muito poucas se comparadas ao países ocidentais. Além disso, estas indústrias estavam nas mãos de capitais estrangeiros. A burguesia russa, ainda mal desenvolvida, estava submetida à aristocracia que lhe impunha grandes restrições. De fato, os burgueses em si possuíam muito pouco poder. Os revolucionários, a despeito dos preceitos de Marx, não derrotaram uma classe essencialmente burguesa e capitalista, mas sim uma aristocracia agrária. Marx previra que o Socialismo só seria viável em um país com alto grau de desenvolvimento capitalista e industrial, mas a Rússia da época era uma nação agrária e extremamente atrasada em seu parque industrial. A quantidade de ferrovias, por exemplo, era muito insuficiente. Barcos a vapor eram um luxo do qual poucos poderiam desfrutar. A Rússia dos luxos aristocráticos era também a Rússia da miséria campesina; a Rússia da pobreza industrial era também a Rússia da riqueza científica e intelectual. Terra de paradoxos e de dualismos: este foi o reino que Nicolau tentou governar.

Injustiças e condenações
É um erro histórico demonizar a figura do tzar Nicolau II. Primeiro, pela perspectiva que, de fato, o tzar poderia conhecer pouco da realidade de seu próprio reino. A Rússia, imensa em sua extensão, certamente não era um território fácil de se administrar, principalmente sem as facilidades de transporte e comunicação que temos hoje. Além disso, muitos conspiravam contra o tzar, e é possível que seus funcionários omitissem a realidade social do país. De fato, o povo russo sentia uma espécie de "idolatria" pelo soberano: chamavam-no carinhosamente de "paizinho". 

Erupção da Revolta
As primeiras revoltas foram levadas à cabo por camponeses insatisfeitos com um regime de semi servidão, praticamente medieval. Esporádicas e estratificadas, estas revoltas foram rapidamente suprimidas. Não se objetivava, até então, retirar Nicolau do poder: a intenção era apenas garantir reformas populares. Mesmo assim, nascia então o germe do fim do império.

Foto reconstruída do tzar Nicolau II.
Domingo Sangrento
Em Janeiro de 1905, uma manifestação popular pacífica teve lugar em São Petersburgo, pedindo por reformas populares, especialmente em relação ao campo. A oposição a Nicolau cresceu, e, em resposta, ele criou uma série de reformas garantindo direitos ao povo e permitindo a reunião da Duma, um tipo de parlamento, em um gesto de boa vontade ao povo. Entretanto, a manifestação que tinha um caráter generoso em relação ao tzar terminou de forma trágica: os soldados atiraram na população desarmada, próximo ao Palácio de Inverno, matando centenas de pessoas. A partir de então, o ódio ao tzar cresceu. É difícil imaginar que o tzar tenha dado tal ordem; mas, caso tenha feito, pode ter sido incentivado por sabotadores que o alertaram falsamente contra uma insurreição do povo. No temor de sofrer o golpe, então, o tzar teria ordenado o fuzilamento dos possíveis "revoltosos armados". Entretanto, estas são apenas versões que provavelmente jamais saberemos com total clareza. Creiamos que um tzar não tenha tido a "coragem" de atirar contra o próprio povo que o chama de paizinho!

A Revolução de 1917
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Soviéticos revolucionários em reunião no dia 22 de Outubro de 1917, em Petrogrado.
Mesmo com a implementação de reformas, Nicolau foi incapaz de conter o furor revolucionário e dobrar sua oposição. Em 1917, os bolcheviques ("a maioria", em uma tradução livre) tomam o poder e depõe Nicolau II: estava criada a União Soviética. No ano seguinte, em 1918, Nicolau e toda sua família foram mortos pelos revolucionários. Este foi o triste fim de um tzar que, em suas mãos, tomou um Império adoecido, um povo ansioso por mudanças, uma base governista pouco confiável e uma oposição sabotadora. 

Vilão ou herói?
Nicolau e seu filho, o príncipe Alexis.
Devemos evitar, em se tratando de História, a demonização de uma figura. Grande parte das informações que temos sobre a pessoa de Nicolau e seu governo foram criadas pelos próprios soviéticos que, em sua propaganda revolucionária, pintaram a família real como a causa de todos os problemas russos. É verdade que a situação social russa estava deteriorada, mas essa herança vinha de muitos séculos atrás, e não pode ser totalmente imputada a Nicolau. O tzar é retratado como um tirado que não atende ao povo. Mas devemos levar em conta que Nicolau não contava com uma base que cooperava, nem os próprios monarcas facilitavam a ligação entre ele e o povo, e a maior parte da aristocracia o impedia de implementar as mudanças necessárias. Contamos ainda com a propaganda negativa dos revolucionários, a crise com a fracassada guerra contra o Japão e a precariedade de um sistema de servidão que Nicolau tentou sim mudar, mas não teve o tempo suficiente para desfazer uma estrutura de mais de um milênio e meio. Impossível determinar o caráter de Nicolau: hora parece agir como um distante e mudo, hora dialogava com o povo e atendia, ao menos em parte, suas demandas.

O fim dos Romanov
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Nicolau II, sua esposa, a imperatriz e seus filhos, as princesas .

Os socialistas foram bem sucedidos mais por conta da fragmentação do governo de Nicolau do que por sua própria competência. Podemos dizer que, caso Nicolau obtivesse mais apoio para as reformas necessárias, e erros cruciais como o Domingo Sangrento não tivessem ocorrido, não será difícil imaginar uma Rússia ainda imperial. Ao que parece, o tzar teve o azar de ser mal informado e de não conseguir estabelecer uma ligação mais direta com o próprio povo. Em um sistema semi feudal, onde cada nobre de uma região detinha para si o poder, é difícil colocar toda a responsabilidade da degradação social nas costas de um único homem. Nicolau mesmo chegou a declarar que "o imperador anterior não o havia advertido sobre estas coisas, e não era possível que ele tomasse as melhores ações em uma situação que ele não se preparou com antecipação".  A versão oficial de que Nicolau foi um tirano é facilmente contestável: mesmo nos dias atuais, grande parte da população russa admira a figura de Nicolau que, pela Igreja Ortodoxa, é considerado como um santo. Nicolau II parece uma daquelas tristes figuras política que, pela circunstância, pelas pessoas e pelo curso das coisas não chega a ter a oportunidade de exercer plenamente o seu potencial. Admitindo ou não, e independente da visão ideológica, temos de assumir que Nicolau e sua família foram vitimados pelos revolucionários de forma covarde e criminosa. A ideologia da luta de classes, entretanto, coloca em eclipse esse crime.




Emiliano Zapata
Em 8 de Agosto de 1879, na pequena cidade de Anenecuilco, no México, nasceu um dos maiores revolucionários e guerrilheiros das Américas. E ele recebeu um nome: Emiliano Zapata. Zapata foi um revolucionário defensor dos camponeses, do "agrarianismo" (sistema que privilegia a produção agrária e a atividade do campo) que combateu durante a Revolução Mexicana. Zapata formou e comandou o Exército da Liberação do Sul, uma brigada revolucionária cujos seguidores eram conhecidos como zapatistas.

Infância
Aos 17 anos, Zapata foi colocado em um abrigo para órfãos, tendo perdido seus pais desde cedo. Logo jovem, se envolveu em ações revolucionárias, e em 1897 ele foi preso por participar de protestos em seu vilarejo contra uma hacienda que havia apropriado as pequenas terras dos camponeses. Essas haciendas eram latifúndios dominados por aquilo que no Brasil chamamos de "coronéis": figuras militares de grande poderio que, com a força das armas, roubavam os pobres e grilavam grandes faixas de terra, explorando os camponeses. Zapata serviu por seis meses no Exército Mexicano, tendo se mudado para a Cidade do México após esse tempo, para cuidar de seus cavalos. No ano de 1909, suas habilidades de lideranças já eram famosas e reconhecidas. Retornou ao vilarejo onde nasceu e foi eleito, pelo povo, como presidente do conselho do local. Era apenas o início de sua vida política e revolucionária.

Haciendas
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Ao centro, Zapata,  acompanhado de seus homens, os zapatistas.
Emiliano Zapata logo se tornou uma figura popular, não mais apenas em seu vilarejo. Ele ajudou a organizar revoltas populares, armando os camponeses para lutar contra os donos das haciendas e, assim, ajudar na retomada de suas terras. Em resposta, os grileiros queimaram o vilarejo de Anenecuilco inteiro. Zapata tentou fazer negociações pacíficas, mas, ao observar que isso não surtia efeitos, tomou à força as terras e as distribuiu ao povo. A partir desse ponto, Zapata continuou aumentando sua guerrilha, tomando haciendas e distribuindo suas terras ao povo.

A Revolução 
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Cavaleiros zapatistas, em uma foto tirada no ano de 1914.

O presidente do México, Porfírio Díaz, teve sua candidatura ameaçada por Madero, que perdeu as eleições, saiu do país mas retornou para confrontá-lo. Zapata, então, fez uma aliança secreta com Madero, vendo aí a oportunidade para colocar em prática, através da política, a reforma agrária que era a causa principal de sua luta. Em 1910, Emiliano se uniu à campanha de Madero contra Díaz, tornando-se general do Exército revolucionário Libertador do Sul. Em Maio de 1911, capturam Cuautla após seis dias de batalha. Díaz não suportou a pressão e então se exilou na Europa, deixando um presidente provisório em seu lugar. Madero entrou na Cidade do México, vitorioso, e veio a se encontrar com Zapata para pedir que ele pressionasse o presidente provisório a realizar a reforma agrária. Madero insistiu que Zapata e seus homens deviam se desarmar, oferecendo dinheiro para que comprassem terras e distribuir ao povo. Zapata desconfiou da proposta e rejeitou a oferta. Apesar disso, pouco tempo depois, ele começou a desarmar seus homens, mas voltou a rearmá-los quando as tropas do governo voltaram a enfrentá-lo.

Ayala
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Emiliano Zapata em seu cavalo favorito.

A aliança entre Zapata e Madero enfraqueceu, e o distanciamento entre os dois foi inevitável. No verão de 1911, Madero apontou um governador que era favorável aos latifundiários para auxiliá-lo em seu governo, ao invés de nomear um governador favorável à reforma agrária, o que enfureceu ainda mais Zapata. Em Novembro de 1911 Madero torna-se o presidente do México, e Zapata, agora perseguido por seu antigo aliado, foge para uma região montanhosa com seus homens. Zapata se desiludiu com a política latifundiária de Madero, sentindo-se traído pelo antigo aliado. Então, como resposta, Zapata elabora o Plano Ayala, declarando Madero um presidente incapaz de atender as demandas populares prometidas na Revolução. O Plano Ayala tinha como objetivo apontar outro presidente no lugar de Madero, e realizar eleições populares após um período; também tinha como objetivo comprar no mínimo um terço das terras roubadas pelos latifundiários e distribuí-las aos campesinos.


Terra e Liberdade
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Zapata, com o sombrero, o chapéu típico mexicano, ao lado de Pancho Villa: os dois maiores revolucionários mexicanos.

Os zapatistas adotaram o lema "Terra e Liberdade!" para sua campanha. Em 1913, o general Victoriano Huerta assassinou Madero e tomou controle do México. Huerta tentou se aproximar de Zapata, oferecendo-lhe a oportunidade de inserir seus homens no exército regular mexicano, recebendo as devidas promoções. Mas Zapata, desanimado com alianças políticas, rejeitou a proposta. Isso permitiu que, no Norte, outro revolucionário tivesse tempo para formar seu grupo. Tratava-se de Pancho Villa. Pancho formou, juntamenet com Carranza, um novo exército revolucionário, que acabou retirando Huerta do poder.


Legado
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Zapata morreu assassinado por Carranza.
 
Emiliano Zapata morreu em 10 de Abril de 1919, assassinado por Carranza. Ele não pôde concluir o seu objetivo, que era o de realizar uma reforma agrária em larga escala que beneficiasse o pequeno produtor e eliminasse o modelo exploratório latifundiário. Entretanto, sua luta deu vigor e exemplo para outros revolucionários, tendo favorecido Pancho diretamente, ajudando-o, indiretamente, a alcançar o poder. Os dois, inclusive, foram grandes amigos. Entretanto, mesmo Pancho não conseguiu alcançar definitivamente o objetivo da reforma agrária, tendo sido diretamente perseguido pelas forças militares norte-americanas, desejosas de restabelecer um modelo latifundiário que lhes era agradável. A luta de Zapata, entretanto, não foi em vão: muitos camponeses abandonados pelo governo tiveram, através dele, a oportunidade de retomar suas propriedades e viver graças ao trabalho honesto no campo. Zapata é uma figura icônica de uma luta popular contra uma estrutura opressora.




 







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