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Milicianos populares no México: guerra contra o narcotráfico

Quando uma situação de violência social foge do controle do governo e as forças policiais convencionais não são mais capazes de lidar com a questão e resolver de modo eficiente o problema da violência, muitas vezes uma das soluções encontradas pelo povo é a auto-defesa. No México, país onde a guerra do tráfico tem dizimado o maior número de pessoas em todo o continente, surgem milícias populares de vigilantes, pessoas armadas do povo que resolveram fazer o trabalho de proteger o próprio patrimônio e as próprias vidas.

Nas milícias, as mulheres também lutam com bravura.

La guerra
O México enfrenta o pior quadro de violência social em decorrência do tráfico de drogas. O problema está presente em todas as regiões do país, e os famosos cartéis movimentam bilhões em narcóticos, especialmente enviados para os EUA e Europa. Os países da América Central servem como corredor e também são afetados pelo crime organizado. O governo mexicano declarou uma guerra total contra os cartéis e tem mobilizado tanto as forças policiais quanto as próprias forças armadas contra o tráfico, mas os resultados não tem sido bem sucedidos. Todos os anos, milhares de jovens morrem por conta da guerra do tráfico, diversos postos de empregos são fechados e os prejuízos humanos em geral são muito superiores aos danos materiais. Isso sem contar a vida de inúmeros policiais que se perdem nesse combate sem fim.

Irmãos de crime
As ações recentes do governo mexicano parecem demonstrar um caráter de intolerância em relação ao tráfico e ao crime organizado, como se o governo assumisse sua própria honestidade. Acontece que diversos setores políticos e várias autoridades policiais e das Forças Armadas mexicanas são envolvidos com o crime organizado, recebem propinas e subornos e facilitam a vida dos bandidos. Isso amplia o sentimento de vulnerabilidade do povo comum e piora a situação do narcotráfico no país.

Milicianos populares armados contra o tráfico.


Ação popular
A corrupção na polícia, a ineficiência das ações do governo e a incapacidade das autoridades diante de um problema aparentemente insolúvel têm estimulado na população a vontade de se auto-defender. Vários cidadãos mexicanos, especialmente nas áreas rurais, compram armas e fazem treinamentos em táticas de guerra e colocam eles mesmos os traficantes para correr. Estes grupos, conhecidos como grupos de vigilantes, conseguem maior sucesso na luta contra o narcotráfico e chegaram até mesmo a recuperar inúmeros territórios que anteriormente estavam nas mãos dos traficantes.

Os agricultores são os principais soldados populares contra o tráfico


Direito de sobreviver
Como os envolvidos nas milícias são pessoas do povo, e não autoridades de terno e gravata distantes da realidade popular, não aceitam subornos: suas vidas e sua liberdade não têm preço. Os maiores interessados na segurança do povo são os próprios membros da sociedade civil mexicana, que é a maior vítima de uma guerra entre um poder corrupto e criminosos que não possuem qualquer escrúpulo. O governo mexicano agora reconheceu oficialmente a legitimidade das milícias populares, pois percebeu que sua ação é inevitável e não há como desmobilizar estes grupos.

O medo infundado das autoridades é de que os grupos populares atuem contra o próprio governo

Contratempos
O temor é de que estes grupos populares sejam subvertidos e usados para fins negativos, trocando o narcotráfico por outras atividades criminosas, além de representar um perigo para a população. Este temor não é totalmente infundado, mas é exagerado: o povo mexicano apenas reage a um contexto insustentável. O problema das drogas no país é uma questão histórica e a conivência das autoridades criou uma atmosfera de total desconfiança da população em relação ao governo, e agora confiam mais nas próprias milícias do que nas forças policiais. Os grupos populares até mesmo realizam julgamentos e efetuam prisões, construindo todo um poder à parte da estrutura do Estado.

Os milicianos fazem o trabalho que a polícia não consegue fazer

Dura lição
Agora sob o governo de Enrique Peña Nieto, o México enfrenta um endurecimento de sua situação caótica. A ineficiência política abriu caminho para um sentimento de irmandade e autossuficiência popular. A reação armada é a única e desesperada saída para uma situação terrivelmente calamitosa. Quando um governo ou as autoridades em geral falham em proteger o povo e oferecer condições mínimas para sua sobrevivência, a ação autônoma popular parece uma resposta mais eficiente. As milícias populares no México são o gesto de sobrevivência de um povo esquecido.


Brooklyn Bridge
Operários na Brooklyn Bridge, em 7 de Outubro de 1914.
Nova York, a cidade mais cosmopolita do mundo e com alguns dos mais altos edifícios do mundo, pontes imensas, monotrilhos atravessando a cidade e diversos metrôs que cruzam o subterrâneo e a dramática batalha entre os velhos e históricos edifícios e os cada vez mais agressivos arranha-céus, as áreas verdes suprimidas pelo cinza dos edifícios, concreto, aço e ferro, vidro e cimento em um combate frenético. Nova York teve um crescimento rápido e incrível e as mãos que participaram do processo merecem reconhecimento.  

A Terra Prometida
Nova York prometia aos imigrantes inúmeras oportunidades e o sonho do enriquecimento. O "American Dream" não nasceu ali, mas ganhou muita força nesse período. Imigrantes de todas as partes aportavam diariamente nas docas da cidade. E, passando pela Estátua da Liberdade, garantiam a permanência na cidade infinita. A pequena ilha de Manhattan logo abrigava a maior metrópole do mundo. Eram refugiados políticos, fugitivos de regimes totalitários em ascensão, ou simplesmente pessoas que consideravam a possibilidade de ter uma vida melhor. 


Building roads
Trabalhadores fazendo o calçamento da 28th Street  em Manhattan, em 2 de Outubro de 1930
Mãos à obra
Vindos de inúmeros países, e principalmente da Itália, da Inglaterra e da Irlanda, os operários erguiam os imensos arranha-céus, pontes, viadutos, cavavam os túneis para os metrôs e construíam os trilhos elevados. Muitas vezes trabalhavam em condições precárias, sem proteção adequada e em troca de baixos salários. Os acidentes nas obras eram comuns, e muitas vezes não havia qualquer seguridade para o trabalhador. Os imigrantes que fugiam da pobreza acabavam encontrando uma situação igualmente miserável na nova cidade. Mas o empenho lhes garantiu uma melhor condição e logo os operários começaram a trazer seus familiares para viver na cidade. 
Triborough Bridge
Foto de 1936, mostrando a Triborough Bridge em primeiro plano, ainda em construção. A Hells Gate Railroad Bridge está em segundo plano.

Grande Expansão
A cidade de Nova York crescia exponencialmente. Dia após dia, novos edifícios surgiam, tomando o espaço dos mais antigos. Os operários traziam suas famílias e logo praticamente 1/3 da população da cidade era composta de imigrantes. 
Operários no Empire State Building, que ficou pronto em 1 de Maio de 1931.
Gigantes de Aço
Grandes projetos, como a Tiborough Bridge, que ligava o Queens ao Bronx, e o Empire State Building, o maior edifício do mundo durante muito tempo, exigiam enormes somatórias de materiais e mão de obra. Levando em consideração as proporções destas obras, seu tempo de conclusão foi incrivelmente rápido. Com a redução cada vez maior das áreas verdes e o impacto negativo que isso trazia para a estética da cidade, o Central Park surgiu como resposta e garantiu uma imensa área verde. Pequenos bosques e jardins contribuíram para dar um equilíbrio em uma cidade tão monstruosa e, por vezes, nada hospitaleira. 

Manhattan
Foto da Third Avenue e um trilho elevado que atravessa a parte baixa da cidade de Manhattan, foto de datação desconhecida.



Tributo
Nova York, como qualquer grande metrópole, deve sua suntuosidade aos inúmeros imigrantes e nativos anônimos que, por vezes, deram suas vidas para que as magníficas construções estivessem hoje de pé. 


Veja mais fotos inéditas de Nova York no site DailyMail
Ekaterina Illarionovna Mikhailova-Demina
Ekaterina Illarionovna, nascida em 22 de Dezembro de 1925, foi a única mulher a servir na frente de batalha soviética durante a Segunda Guerra, em missões de reconhecimento, pelos fuzileiros do Exército Vermelho. Sua infância marcou seu caráter e suas ações em campo de batalha lhe valeram o prêmio de Heroína da União Soviética. Foi uma fervorosa médica e salvou a vida de muitos combatentes e civis.

Órfã em Leningrado
Demina perdeu seus parentes muito cedo, e cresceu como uma órfã na cidade de Leningrado, vivendo a maior parte de sua infância em um orfanato. Quando a Alemanha invadiu a União Soviética  a Grande Guerra Patriótica teve início, ela tinha apenas 15 anos. Apesar de ser mulher e jovem, ela se voluntariou para o exército. Como ela era muito jovem, foi rejeitada para o serviço militar, mas foi aceita para trabalhar em um hospital.

Ficar e servir
Quando o hospital onde Ekaterina trabalhava foi bombardeado, ela passou a trabalhar como médica para o exército. Como havia falta de profissionais para atender os feridos, ela não teve dificuldades em servir nessa função. Quando os alemães tentaram invadir Moscou em 1941, ela sofreu um grande ferimento na perna, e foi enviada para receber tratamento nos distantes montes Urais. 

Ekaterina, com colegas de regimento.

Moscou Vermelha
Ao retornar para o serviço militar, Ekaterina trabalhou pela Marinha Soviética no famoso hospital marítico Moscou Vermelha, uma embarcação médica, transportando soldados feridos de Estalinegrado e Krasnoyarsk. Foi promovida a oficial chefe e recebeu honrarias por seu serviço prestado. 

Na frente de batalha
Ekaterina não ficou satisfeita em trabalhar nestas funções e se voluntariou para a frente de batalha. Inicialmente foi recusada pelos oficiais, mas o governo de Moscou atendeu sua apelação e ela foi aceita no 369º Batalhão de Infantaria Naval Independente, em Fevereiro de 1943. Participou de batalhas na Península de Taman, no mar de Azov, e lutou em confrontos ao longo do Mar Negro e no Dniester. Lutou também na Romênia, na Hungria, na Bulgária e na Áustria, além da Iugoslávia e em Viena.   

Provando seu valor
Ekaterina não foi bem recebida de início. Afinal, os homens não acreditavam que uma mulher jovem pudesse sobreviver ao terrível campo de batalha. Entretanto, após provar seu valor, ganhou a confiança e admiração dos companheiros. Ela recebeu sua primeira medalha ao participar da missão de recaptura da cidade de Temryuk, condecorada com a duas medalhas da Ordem da Guerra Patriótica, após participar da batalha de Kerch.

Ekaterina assistindo a uma Parada da Vitória, em Moscou, acompanhada de outros veteranos.

Ilok
Em Dezembro de 1944, ela participou de um ataque à fortaleza de Ilok na Croácia. Com outros 49 combatentes, ela realizou uma ofensiva, foi atingida por um tiro na mão e apenas 13 companheiros sobreviveram. Todos, incluindo ela, foram feridos. Ela ajudou a salvar sete homens. Ela recebeu a Ordem da Bandeira Vermelha por heroísmo. 

Descanso
Mikhailova-Demina foi retirada do serviço militar em Novembro de 1945, mas continuou trabalhando como médica pela Cruz Vermelha Soviética e a Crescente Vermelha. Recebeu a Medalha de Florence Nightingale, do Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Ela foi a única mulher russa a receber esse prêmio. Em 1950, ela se graduou no Segundo Instituto Médico de Leningrado e trabalhou por mais 36 anos como doutora, se aposentando em 1985. 

Ekaterina recebendo suas condecorações que lhe haviam sido negadas.

Grande heroína
Ekaterina recebeu três vezes a nomeação para receber a medalha de Heroína da União Soviética, a mais alta condecoração russa, mas foi rejeitada nas três ocasiões. Em 5 de maio de 1990 ela recebeu todas as condecorações que lhe haviam sido negadas, incluindo a Ordem de Lênin e a Estrela de Ouro, concedidas simbolicamente por Gorbachev. Ela foi uma das últimas condecoradas antes da queda do regime soviético. Ekaterina ainda está viva.

Foto autografada de Ekaterina.


Rasputin, acompanhado de dois oficiais russos.
Grigori Rasputin foi a figura mística mais emblemática de toda a Rússia e, certamente, uma das mais famosas e enigmáticas personalidades de toda a História. Vindo de uma família de camponeses, Rasputin adentraria o Palácio de Inverno e ganharia destaque dentro da família imperial de Nicolau II, tornando-se um importante "conselheiro". Despertou a inimizade e a admiração de muitas pessoas, e sua morte é uma incógnita tão grande quanto o seu próprio nascimento.

Nascido na Sibéria
Em 22 de Janeiro do ano de 1869, oriundo de uma família de camponeses pobres na esquecida Sibéria, nasceu Grigori Yefimovich Rasputin, mais conhecido pelo último nome. A maior parte de sua vida é desconhecida e sua quase totalidade é grande uma especulação. 



O Monge Louco
Rasputin dedica-se ao misticismo e às artes ocultas desde cedo, em sua juventude, e logo ganha a alcunha de "Monge Louco". Em 1906, muda-se para São Petersburgo, a então capital do Império Russo. Em 1908, ele é apresentado ao czar Nicolau II e aos principais membros da família real. A imperatriz Alexandra Feodorovna buscava desesperadamente por ajuda para o seu filho doente, o jovem príncipe Alexis, que era hemofílico. Rasputin logo conquistou a simpatia dos Romanov ao, supostamente, curar Alexis de sua doença. Logo, o monge ganhou a reputação de realizar curas e outros feitos incríveis através de suas artes ocultas.


Decadência
A união entre os Romanov e alguém como Rasputin acabou despertando as duras críticas de políticos rivais e jornalistas de oposição. Como a família do nobre czar podia se associar a um homem de origem pobre, um "bruxo" de comportamento luxurioso? Aliás, os escândalos sexuais que envolviam Rasputin colaboraram para denegrir ainda mais sua figura. Ele era tido como um mulherengo e, ao que parece, de fato atraiu muitas mulheres, especialmente da alta sociedade russa. Oficiais do exército também começaram a enxergar Rasputin como um inimigo a ser eliminado. Vários homens de Estado viam no monge um oportunista que apenas desejava ganhar espaço entre os Romanov e, depois, tomar o poder para si.


Premonições
Quando a Rússia entrou na Primeira Guerra, Rasputin lançou uma previsão: "uma grande calamidade cairá sobre a nação". Então, com Nicolau imerso nos assuntos da guerra, a imperatriz Alexandra logo tratou de afastar as figuras desfavoráveis ao monge, pleo qual ela nutria grande admiração. Diz-se que Rasputin e a imperatriz chegaram a ter um caso secretamente. Os críticos mais severos chegaram a dizer que Rasputin houvera "enfeitiçado" a imperatriz. Dentre as denúncias, Rasputin foi acusado de ser um espião 
à serviço dos alemães. 

Armadilhas
Uma conspiração logo foi criada para dar fim ao monge astuto. Encabeçada pelo nobre Yussupov, incluía outros nobres, como o grão-duque Dmitri Pavlovich. Os assassinos convidaram Rasputin para o palácio de Yussupov, para um jantar. Deram ao monge vinho e tortas envenenados com cianeto. Acontece que, mesmo ingerindo altas doses da substância, Rasputin não morreu. Então, espancaram Rasputin e fizeram vários disparos contra ele, à queima roupa. Enrolaram seu corpo em um tapete e o lançaram no rio Neva. Três dias depois, o cadáver foi encontrado. Na autópsia, verificou-se um excesso de água nos pulmões de Rasputin, e oficialmente foi dado como morto por afogamento. Isso significa que, provavelmente, mesmo depois de ser espancado e levar muitos tiros, Rasputin continuou vivo durante algum tempo.


Seu sangue pelo meu sangue
Rasputin, pouco tempo antes de ser assassinado, escreveu ao imperador Nicolau II que "se acaso os oficiais de seu governo lhe tirassem a vida, então o próprio povo russo, com suas mãos, tiraria a vida de todos os membros da família Romanov". Então, 15 meses depois, em 1917, o czar e toda a sua família sofreram a execução fuzilados pelos revolucionários. 

Rasputin foi usado pelos opositores dos Romanov para enfraquecer o regime.


Vilão ou herói?
Rasputin escreveu muito pouco sobre si mesmo e a maior parte das informações que temos sobre ele são oriundas de seus próprios detratores e inimigos políticos, o que, no mínimo, prejudica a credibilidade destas informações. Talvez realmente Rasputin fosse um aproveitador, um embusteiro charlatão amante da imperatriz e lascivo. Ou, provavelmente, tenha sido um homem pobre que soube aproveitar boas oportunidades para subir na dura vida da Rússia imperial, de boa oratória e convincente. Esperto, mas não um demônio. Rasputin está longe de ser um mero maníaco ou uma figura desgastada: sua imagem foi largamente utilizada para prejudicar os Romanov e enfraquecer o regime czarista, abrindo caminho para os revolucionários, um tipo de bode expiatório usado para receber a culpa pelas crises internas do país e evidenciar a fraqueza administrativa do Império. Talvez estes homens tenham sido os verdadeiros traidores. 


Eduard Riiter von Schleich, um dos ases da Primeira Guerra
Eduard Ritter von Schleich foi um dos mais excepcionais pilotos da Primeira Guerra Mundial, com 35 vitórias contabilizadas. Durante a Segunda Guerra, trabalhou como general na Luftwaffe (a força aérea nazi). Schleich tinha um estilo próprio de pilotagem e levava em pouca conta os riscos, assumindo perigos que muitas vezes afastariam até mesmo os mais experientes pilotos. 

Origens 
Nascido em 9 de Agosto de 1888, na região da Bavária, em Munique, Schleich veio de uma família de artistas. Logo cedo, foi com a família para a cidade de Bad Tölz. A Bavária possuía um programa de treinamento de cadetes disponível para os jovens que completassem os estudos básicos, e Schleich logo entrou para a vida militar. 
Schleich em seu avião modelo Albatros. 
O 11º Regimento
Em 1909, aos 19 anos, ele se forma para a entrada no 11º Regimento de Infantaria Bávara. Com a eclosão da Primeira Guerra em 1914, ele foi enviado para o campo de batalha onde acabou adoecendo, sendo retirado do campo de ação. Ele acabou se voluntariando novamente em 25 de Agosto do mesmo ano, e acabou sofrendo um grave ferimento durante a Batalha de Lorraine. 

Schleich a bordo de seu avião Albatros D V

A Real Força Aérea Bávara
Enquanto passava pelo tratamento médico, Schleich se voluntariou para o Real Serviço Aéreo Bávaro. Foi aceito para receber treinamentos como um piloto observador, cuja tarefa era realizar um reconhecimento do campo antes dos ataques aéreos. O avião utilizado por ele nesse período foi um modelo FEA 1, com dois lugares, e ele foi qualificado como piloto em Setembro de 1915. Durante uma missão de observação, ele acabou sendo ferido no braço por um projétil anti-aéreo que explodiu perto dele. Por sorte ou por proteção divina, ele sobreviveu. 

Schleich com sua medalha de Ordem ao Mérito

Fliegerschule
Após receber o comando da Fliegerschule 1, permaneceu em repouso médico até Setembro. Uniu-se à unidade Em Maio de 1917, ele havia se unido à unidade Jasta 21 e liderou-a nas missões de Junho daquele mesmo ano. Antes de ser entregue em suas mãos, a unidade era conhecida por seus inúmeros fracassos e baixa moral, mas pouco tempo depois de sua liderança, ganhou alta credibilidade e seus pilotos realizaram muitas façanhas, abatendo, somente em Junho, 36 inimigos, sendo que só Schleich chegou a abater 19 deles.

"Pintem meu avião de preto"
Nessa unidade, ele havia feito um verdadeiro amigo, o tenente Erich Limpert. Fatalmente, ele foi abatido e morto em um confronto aéreo, e, então, como sinal de luto permanente, Schleich ordenou que seu avião fosse pintado de preto. A partir daí, ele ficaria conhecido como "O Cavaleiro Negro". Por conta de questões políticas, os prussianos determinaram que apenas um prussiano deveria comandar uma unidade do país, e, como Schleich era bávaro, foi removido e transferido para a unidade Jasta 32 em Outubro de 1917. Em Dezembro do mesmo ano ele recebeu a Ordem Pelo Mérito. 

Foto promocional de Schleich, com objetivos de propaganda e recrutamento.
Momentum
Após a guerra, em 1919, Schleich foi colocado no cargo de inspetor no Serviço Aéreo Bávaro. Em Abril do mesmo ano, o Partido Comunista Alemão tomou a cidade de Munique, e logo decretaram que Schleich deveria ser preso e julgado por ser "um apoiador da burguesia bávara". Milícias anti comunistas expulsaram os vermelhos de Munique no mês seguinte, colocando a Bavária sob o governo da República de Weimar. Schleich trabalhou como oficial no Exército da Comissão de Paz. 

Homem do campo
Quando as forças alemãs foram desmobilizadas em Dezembro de 1921, Schleich trabalhou como fazendeiro em sua propriedade no campo, e depois, como piloto civil pela Lufthansa. Em 1929, começou a participar de um clube de voo sediado em Munique. 

Luftwaffe
Em 1931, uniu-se ao crescente Partido Nazista. No mesmo ano, entrou para a SS-Fliegerstaffel, uma organização aérea paramilitar. Schleich recebeu o comando do programa hitlerista de jovens voadores, um projeto para treinar a juventude alemã nas habilidades aéreas. Em 1935, ele retorna ao serviço militar propriamente dito, pela Luftwaffe, no posto de major. Recebeu também o comando da unidade Jagdgeschwader 132 em 1937, cuja função era defender a fronteira ocidental da Alemanha. Em 1939, foi transferido para o comando da Jagdgeshwader 26. 

Segunda Guerra
Como major general, Schleich liderou a Jagdfliegerschule, a escola de pilotos do Reich, em Wien-Schwechat, na Áustria. Em 1940, foi para a Romênia para comandar missões aéreas e ajudar na organização da Força Aérea Romena, então aliada dos nazistas. No ano seguinte, ele se torna comandante das forças de ocupação na Dinamarca. Até 1944, atuou como comandante das Forças Terrestres da Luftwaffe, na Normandia, local que seria palco das massivas desembarcações anfíbias dos Aliados. 

Schleich contribuiu muito para a força aérea alemã tanto nas duas guerras quanto no período de paz.

Condecorações
Dentre suas várias condecorações, Schleich recebeu a Cruz de Ferro, de primeira e segunda classes; a Ordem ao Mérito e a Cruz de Cavaleiro da Ordem Militar de Max Joseph. Os altos cargos de comando que ele recebeu atestam seu profissionalismo como piloto.

Legado
Schleich foi detido por forças britânicas ao final da guerra. Acabou morrendo sob custódia, com 59 anos de idade, no dia 15 de Novembro de 1947, por conta de problemas cardíacos. Foi sepultado na cidade de Diessen, próximo de Munique. O papel de Eduard Ritter von Schleich foi decisivo para a estruturação e fortalecimento das forças aéreas alemãs nas duas guerras mundiais. Além de hábil piloto, foi um excelente instrutor, e seus alunos atuavam com um desempenho excepcional. Sem a figura de Eduard Ritter von Schleich é difícil imaginar o que seria da Luftwaffe, embora outros nomes recebam mais destaque. Agora, na História, o grande Barão Vermelho recebe a companhia do Cavaleiro Negro. 


Fotos restauradas e coloridas por Klimbims 
William Frederick Cody, o famoso Buffalo Bill

William Frederick Cody, famoso como Buffalo Bill, foi um dos mais famosos cowboys dos Estados Unidos. Caçador de búfalos, aventureiro e explorador do Velho Oeste, Buffalo Bill ficou famoso por sua habilidade com armas e sua amizade com índios, como o chefe indígena Touro Sentado.  

O gatilho mais rápido do Oeste
Em 1846, no estado do Iowa, na pequena vila de Le Claire, nascia William Frederick Cody. Com a expansão rumo ao interior dos Estados Unidos, em parte motivada pelo governo e em parte impulsionada pela ambição dos colonos, uma frenética construção de ferrovias teve lugar. Numa dessas ferrovias, construída pela companhia Kansas Pacific Railroad em 1868 , William trabalhou como caçador, fornecendo suprimentos de carne para os trabalhadores da estrada de ferro. Nessa época, Bill começou a caçar búfalos, e logo ficou conhecido como Cody.

Foto colorida e restaurada por Adolf Spohr, disponível no Center of the West

A corrida do ouro
No século XIX, a expansão rumo ao Oeste foi um empreendimento para o maior conhecimento geográfico do país, a procura por novas fontes de recursos naturais e a resolução da chamada “questão indígena”. Os conflitos entre os colonos e os indígenas se tornaram mais intensos, e a construção de ferrovias era acompanhada da construção de fortes. A busca pelo ouro era uma das maiores motivações dos pioneiros, e, muitas vezes, metais parecidos com o ouro eram tidos como o precioso recurso (daí o chamado “ouro de tolo”), criando homens ricos da noite para o dia que se tornavam pobres logo na manhã seguinte.

Buffalo Bill e seu rifle Winchester.

Entregador de carne
O apelido de William veio do fato de ele ter se tornado um exímio caçador de búfalos. Diz-se que, em apenas um ano, ele chegou a matar mais de 5.000 destes animais. As planícies do Oeste americano eram repletas destes animais, e suas manadas eram tão numerosas, que jamais se pensaria em um risco de extinção. A matança de búfalos foi uma prática indiscriminada durante esse período, e rapidamente os animais começaram a desaparecer. Bill, então, teve de procurar outro meio de ganhar a vida. 

Cavalaria americana
De 1868 a 1872, Buffalo Bill trabalhou como batedor da cavalaria americana. Sua função era mover-se adiante das expedições para verificar o território e retornar com as informações para os seus superiores, trabalhando em função de escolta e vigilância.

O velho Bill. Foto do Buffalo Bill Museum & Grave

Pony Express
Em 1860, Bill trabalhou no mais famoso serviço postal norte americano, o Pony Express, entregando diversas encomendas e objetos por todo o meio Oeste. Não era um simples trabalho de carteiro: o risco de ser atacado por salteadores, indígenas e até mesmo funcionários de outras empresas de entrega (ávidos por encomendas valiosas) era constante e cada entrega era um novo desafio. Bill também chegou a trabalhar como gerente de hotel e condutor de diligências. As diligências eram comboios de proteção para os colonos.

Um dos vários cartazes anunciando o show de Buffalo BIll, "Wild West". Estas apresentações foram as precursoras
dos filmes de Bang Bang.

Buffalo Bill Combination
Bill pensou em novos negócios agora que não havia mais búfalos em abundância. Em 1873, ele cria a Buffalo Bill Combination, um grupo de teatro e apresentações de circo. Junto com Texas Jack e Bill Hickock, Bill contratou inúmeros atores, entre eles, vários indígenas, turcos, mongóis, árabes, cossacos e diversos vaqueiros. A famosa Jane Calamidade e o famoso líder indígena Touro Sentado também se apresentavam nos shows. Estas apresentações influenciaram os famosos filmes de Velho Oeste (Bang Bang).

Bill no cenário de um de seus shows pelo Buffalo Bill Combination

Warbonnet Creek
No ano de 1876, Buffalo Bill participou da batalha de Warbonnet Creek ao lado do exército norte-americano, contra os índios Cheyenne. Na batalha, Bill matou o temido líder indígena Mão Amarela. Escalpelou o líder cheyenne como vingança pelo assassinato do General Cluster. Em 1872, ele recebeu uma Medal of Honour (Medalha de Honra) por reconhecimento aos serviços prestados.

Touro Sentado
Bill chegou a fazer amizade com o famoso líder Touro Sentado, um grande guerreiro indígena. Além de se apresentarem juntos, os dois realizavam expedições e caçavam. A aproximação com Touro Sentado permitiu que Bill conhecesse mais de perto a cultura indígena, tão demonizada pelos colonos. Mas os filmes de Velho Oeste acabavam satirizando e quase sempre retratando os indígenas como vilões.
Buffalo Bill e o famoso chefe indígena Touro Sentado.


Legado
Em 10 de Janeiro de 1917, aos 70 anos, Bill morre na cidade de Denver, no Colorado. A figura de Bill serviu como grande elemento de propaganda do Velho Oeste e da cultura dos colonos, dos indígenas e dos demais elementos da região. A matança de búfalos da qual Bill participou significou o desaparecimento da espécie no Oeste americano. As consequências foram negativas para os indígenas, que dependiam muito da carne dos animais para sobreviver. Grande parte da visão que temos hoje sobre o Velho Oeste vem daquilo que o próprio Buffalo Bill ajudou a construir, e mesmo que muito do que se sabe sobre ele possa ser apenas lenda, é fato que a figura histórica de Bill é um elemento permanente da cultura norte-americana e do fenômeno de expansão pelo interior do país. 
Benito Mussolini acompanhado de Adolf Hitler. A doutrina fascista inspirou largamente o Nazismo.
Benito Mussolini foi uma das mais importantes figuras políticas da Itália, ativista político e o mais célebre idealizador da doutrina fascista. Promoveu a industrialização da Itália, consolidou o domínio sobre as colônias do país e empreendeu melhorias na máquina militar do país. Através da oratória e de manobras políticas, conquistou grande adesão do povo e de setores tradicionais da sociedade italiana, como a Igreja e as antigas oligarquias. A precipitação da Itália na Segunda Guerra Mundial causou a ruína do regime e Mussolini acabou assassinado por guerrilheiros italianos.

Nasce o Duce
Na pequena cidade de Predappio, na província de Forli, na Itália, nascia Benito Amilcare Andrea Mussolini, no dia 29 de Julho de 1880. De origem pobre, filho de Alessandro Mussolini, um ferreiro, e Rosa Maltoni, professora, já cedo demonstrava um comportamento agressivo. Chegou a ser expulso do colégio católico que frequentava por conta de mau comportamento, mas, com boas notas, concluiu seus estudos. A figura do pai foi crucial para a formação política e ideológica de Mussolini. Amilcare, um socialista com ideais nacionalistas, influenciou o filho desde ainda muito cedo, quando ambos trabalhavam juntos na ferraria da família.  

L'Avvenire del Lavoratore

A juventude de Mussolini foi movimentada e ele acabou por se engajar em diversas atividades de ativismo e propaganda ideológica. Em 1902, fugiu para a Suíça, evitando o serviço militar italiano. Escreveu para o jornal L'Avvenire del Lavoratore (O Futuro do Trabalhador), um jornal socialista italiano impresso na Suíça. Em 1903, foi preso por agitações em greves, e em 1904 foi preso por falsificação de documentos. Serviu no exército italiano de 1905 a 1906, e depois começou a trabalhar como professor.

Benito Mussolini.

Lotta di classe 
Em 1908, Mussolini foi para Trento, local originalmente italiano, mas na época dominado pelo Império Austro Húngaro. Em 1910, trabalhou no jornal Lotta di Classe (Luta de Classes), em sua cidade natal. Publicou o Il Trentino veduto da um Socialista (O Trentino visto por um Socialista), no periódico radicalista La Voce (A Voz). Em 1911 participou de uma forte manifestação contra a guerra entre a Itália e a Turquia, em território líbio, e em resultado disso ficou cinco meses preso. Ao sair, trabalhou como editor do jornal de cunho socialista Avanti! (Avante).

Mussolini, quando preso em 1903.

Ruptura

Durante sua participação nos movimentos socialistas italianos, Mussolini começou a deixar nítidas as suas próprias diferenças ideológicas em relação aos movimentos italianos de Esquerda. Enquanto estes movimentos eram majoritariamente internacionalistas de cunho marxista, Mussolini possuía um traço mais nacionalista e um socialismo dissociado da doutrina marxista. Assim, ele se desvinculou progressivamente dos movimentos socialistas italianos.



Esquerda ou Direita?


É praticamente impossível alojar a figura de Mussolini em um dos espectros políticos. Não pode se encaixar na Esquerda, pois, apesar de sua aproximação com os socialistas, desvinculou-se deles e tornou-se ferrenho crítico do Marxismo. De fato, as políticas sociais de Mussolini eram mais alinhadas a um corporativismo estatal do que a uma coletivização socialista. Nem pode ser alocado na Direita, por se opor contra os setores conservadores da sociedade italiana, e principalmente por sua atividade anticlerical e sua oposição à doutrina de livre mercado. Existem elementos das duas vertentes na figura de Mussolini e na doutrina fascista, mas isso não define nem ele nem o seu movimento como “de Esquerda” ou “de Direita”.


Mussolini em um discurso público. Através da oratória, ele obteve amplo apoio popular.

Primeira Guerra

Mussolini serviu durante nove meses no exército italiano. Contraiu, nesse período, febre paratifoide, e em 1917 saiu da ativa após uma explosão acidental de um morteiro no seu próprio alojamento. Em Agosto do mesmo ano, ele recebeu alta e se recuperou dos inúmeros fragmentos de metal alojados em diversas partes do seu corpo. Passou a escrever no Il Popolo d’Italia (O Povo da Itália). Alcançou a patente de sargento. É possível que nessa época Mussolini tenha recebido financiamento do serviço secreto britânico, o MI5, com o pagamento de 100 libras semanais para divulgar artigos favoráveis à guerra, posicionando-se contra a Alemanha.

Foto de Mussolini, durante a Primeira Guerra.

Fasci Italiani di Combatimento

O Fascismo tem início verificável em 1919, quando Mussolini funda o movimento Fasci Italiani di Combatimento, um grupo paramilitar de ideologia fascista. Com eu enfoque social, ganhou a adesão de setores descontentes do exército italiano, da população e de diversas figuras políticas. Tornou-se o chefe do movimento, auto proclamado Duce.

Camisas Negras

Em 1922, Mussolini e seus aliados Bianchi, De Vecchi, Italo Balbo e De Bono, realizam a famosa Marcha sobre Roma. O ato foi propagandista para o movimento fascista. As milícias fascistas de combate direto, chamadas de Camicie Nere (Camisas Negras), começaram a atacar abertamente os socialistas e os demais grupos opositores. Demonstrações constantes de poder, agressividade e popularidade fizeram com que Mussolini entrasse para o governo italiano, sendo nomeado como primeiro ministro pelo então rei Vítor Manuel III. Os fascistas obtiveram maioria no parlamento e, de fato, tornaram-se os governantes da Itália.



Questão Romana
O papado e o Estado romano tinham, entre si, uma antiga briga, envolvendo a questão de neutralidade territorial e emancipação geográfica do Vaticano. Mussolini realizou um acordo com a Igreja Católica e garantiu-lhe o Estado do Vaticano, agora administrativamente independente da Itália. Em 1929, para obter o apoio importante do catolicismo, assinou a Concordata de São João Latrão, com o então Papa Pio XI. Entre outros pontos, o acordo garantiu uma restituição financeira ao Papa pelos prejuízos decorrentes das perdas de terras da Igreja para o Estado romano, instituiu a obrigatoriedade do catecismo nas escolas e instituiu o catolicismo romano como a religião oficial de Estado.

Política colonial
Mussolini intensificou a presença italiana nas colônias e realizou campanhas, sobretudo no continente africano, para expandir o que ele considerava como império romano. Em 1935, realizou uma campanha militar na Etiópia, invadindo a região da Abissínia, o que resultou na perda de apoio da Inglaterra e da França. Como resultado do conflito, mais de 500.000 africanos perderam suas vidas, enquanto as baixas italianas foram estimadas em pouco mais de 5.000. A campanha etíope, entretanto, não surtiu efeitos positivos para a Itália: as milícias do país empreenderam uma séria resistência contra os italianos que esperavam uma vitória rápida e fácil. A Etiópica nunca chegou, de fato, a sucumbir aos italianos. O então governante etíope, Haile Selassie, foi forçado a fugir para o exílio.

Tropas italianas na Etiópia.

Segunda Guerra

Com o afastamento em relação à Inglaterra e França, Mussolini buscou apoio em Hitler e ambos se aproximaram. Diferente de sua atitude anti alemã durante a Primeira Guerra, Mussolini acabou aproximando-se política e ideologicamente do regime nazista. Em 1936, assinou um acordo bilateral com a Alemanha e o Japão, formando assim o Pacto Tripartite, dando origem à aliança política e militar que formaria o Eixo, como ficou conhecido. Em 1938, ocupou a região da Albânia e apoiou Franco na Espanha durante a Guerra Civil Espanhola. Sua mais malfadada campanha militar foi a tentativa de invasão da Grécia, de onde suas tropas foram expulsas em pouco mais de uma semana. O fracasso da campanha africana contra Montgomery pesou para os cofres italianos, e, mesmo com o apoio constante de Hitler, não conseguiu recuperar as forças armadas de suas derrotas. Quando os aliados desembarcaram na Sicília, o destino de Mussolini já estava praticamente selado.

Soldados italianos da Segunda Guerra.


República Social Italiana
Em 1943, foi preso em Gran Sasso, em um hotel, pelas tropas aliadas. Hitler, como de costume, correu em socorro do aliado, e enviou paraquedistas da SS, que com sucesso resgataram o Duce. A ação, realizada em 12 de Setembro de 1943, ficou conhecida como “Operação Carvalho”, tendo sido comandada por Otto Skorzeny. Ao Norte da Itália, no pouco de território que não havia sido capturado pelos aliados, Mussolini fundou a República Social Italiana, que duraria somente até Abril de 1945.

Mussolini seria capturado e morto em 1945.

Morte
Em 28 de Abril de 1945, já nos finais da Segunda Guerra, Mussolini foi capturado por membros da Resistência Italiana, que o executaram no mesmo dia, em praça pública. Mussolini, sua então companheira Clara Petacci e seus aliados Nicola Bombacci, Alessandro Pavolini e Achille Starace foram expostos publicamente durante vários dias, pendurados pelos pés.

Poder e mulheres
Mussolini, em sua vida privada, foi protagonista de diversas relações com as várias mulheres e casamentos que teve. Casou-se com Ida Dalser em 1914 e com ela teve um filho, Benito Albino Mussolini. Em 1915, casou-se com Rachele Guidi, com quem tinha casos amorosos desde 1910, e teve duas filhas, Edda e Anna Maria, e três filhos, Vittorio, Romano e Bruno. Manteve casos amorosos com Margherita Sarfatti e Clara Petacci (que o acompanharia até a sua morte). Sua primeira esposa e seu filho Albino Mussolini foram perseguidos posteriormente, tendo seu filho sido internado em um hospício em Milão, morrendo em 26 de Agosto de 1942, por consequência de inúmeros e sucessivos comas induzidos. Albino morreu rejeitado pelo pai.

Precipitações
A precipitação da Itália na Segunda Guerra foi, provavelmente, o fator crucial para o declínio do regime fascista. A Itália ainda não possuía o nível de desenvolvimento industrial e militar necessários para campanhas em larga escala e em diversas frentes, e a tentativa de adequar a estratégia alemã de Blitzkrieg nas ações militares italianas não foi bem sucedida. Por diversas vezes os alemães tiveram de intervir nas campanhas militares mal sucedidas de Mussolini.

Legado e ponderações
O regime de Mussolini representou um refreamento na expansão comunista pela Europa. A doutrina fascista, com propostas de forte apelo social, mostrou-se um elemento mais popular e eficiente como alternativa ao socialismo marxista do que as doutrinas liberais. O expansionismo militar, entretanto, constituiu um elemento negativo do governo italiano que, despreparado, acabou por sucumbir. A doutrina fascista de Mussolini constitui o que se chamou de Terceira Via, um modo de governo político e uma filosofia social dissociada dos extremos de Esquerda e Direita. A subida do fascismo foi essencial para a independência do Vaticano e o fortalecimento do Eixo, e as ações de Mussolini em relação aos direitos trabalhistas serviram de modelo para várias outras legislações ao redor do mundo, como a legislação trabalhista de Getúlio Vargas e a criação da CLT brasileira em 1º de Maio de  1943.

Últimas análises
A habilidade que Mussolini tinha para as questões internas faltou quando se tratava de assuntos internacionais. Conseguia conciliar os diversos setores italianos e, contra os mais extremos e oposicionistas, usava a dissuasão repressiva. Fomentou a industrialização do país e pavimentou o caminho dos direitos laborais, resolveu a antiga questão católica e estabeleceu um modelo cívico e próprio de governo que, apesar de suas falhas, conseguiu garantir significativos avanços para o povo italiano que, nos anos iniciais de seu regime, experimentou uma prosperidade econômica. As ações militares de Mussolini, apesar de catastróficas, não podem ser totalmente desconsideradas, já que ele forneceu apoio essencial em tropas para campanhas mais extensivas dos alemães, como no Norte da África ao lado de Römmel e na invasão à União Soviética. A figura de Mussolini permanece emblemática e instiga a admiração e o ódio, mas nunca a indiferença dos analistas políticos. 
Guilherme II e membros da Marinha Imperial.
Uma das figuras mais importantes da História alemã, o Kaiser Wilhelm II (Guilherme II) foi um expoente do militarismo germânico. Seu governo marca um importante período de transição na administração alemã. Wilhelm foi o último imperador alemão e rei da Prússia. 

Origens
Nascido em 27 de Janeiro de 1859 em Berlim, filho do príncipe Frederico Guilherme da Prússia e da princesa Vitória do Reino Unido, foi o primeiro neto da rainha Vitória e seu esposo, Alberto. Como foi o primeiro filho de Frederico, era o segundo na linha de sucessão imperial tanto da Alemanha quanto da Prússia. Wilhelm era parente de grande parte da nobreza europeia de sua época. Por exemplo, era primo do czar da Rússia Nicolau II e do rei Jorge V do Reino Unido. Mas sua relação familiar com estes nobres não parece ter sido das melhores. 

Guilherme II, ainda jovem, em 1874.
Infância e juventude
Guilherme teve um parto difícil, e um defeito físico sempre lhe foi presente: o braço esquerdo era 15 centímetros menor que o braço direito. Ao que parece, a sequela definiu certos traços psicológicos de Wilhelm. Já aos seis anos, Guilherme foi influenciado para a vida militar, principalmente por seu professor Georg Hinzpeter. Foi educado em Kassel, e depois cursou a Universidade de Bonn. Se a inteligência se fez presente desde cedo na vida do monarca, o gênio indomável também marcou seu lugar ainda em sua juventude. Guilherme era conhecido por seu temperamento difícil e sua indisciplina. Herdeiro dos Hohenzollern, viveu desde cedo no ambiente da nobreza aristocrática. A cultura prussiana, extremamente militarista, definiu o caráter de liderança do pequeno príncipe. Admirava principalmente o pai, figura importante da unificação alemã, e o avô, Guilherme I. Wilhelm tinha uma grave antipatia pelos britânicos. Otto von Bismarck exerceu certo fascínio em sua personalidade e acabou por projetar o jovem monarca contra os próprios pais, e, diante da morte do pai, Wilhelm passou a culpar o médico inglês que dele tratou, bem como desconsiderar sua mãe, igualmente inglesa. 

Titio Otto
Já em sua juventude, Wilhelm teve grande contato com Otto von Bismarck, o "pai" político da Alemanha, construindo grande admiração pelo velho comandante. Entretanto, essa admiração não parece ter sido recíproca, já que Bismarck desconsiderava as ações de Wilhelm e desejava mantê-lo "estacionado" enquanto prolongava o próprio poder. Isso acabou por criar uma inimizade entre ambos. Agora, o chanceler da Alemanha e o herdeiro ao trono não podiam mais se considerar como aliados políticos. É correto dizer que Wilhelm exerceu uma ação de opositor do governo de Otto durante esse período.


Jogo de Xadrez
Durante a década de 1880, Bismarck ampliou sua influência no Reichstag alemão. O Kartell, a coligação entre o Partido Conservador e o Partido Nacional Liberal, garantia a aprovação dos projetos de Bismarck no parlamento. As medidas anti-socialistas de Bismarck provocaram a reação de Guilherme, interessado nas questões sociais da Alemanha e da Prússia. Wilhelm desejava uma política mais abrangente em relação aos trabalhadores, especialmente os do ramo da mineração, algo que Bismarck, fanático anti-socialista, evitava. o Reichstag tornou-se um palco de luta entre os dois gigantes. Bismarck desejava causar uma precipitação dos socialistas, assim, conseguindo um pretexto para eliminá-los, mas Wilhelm afirmou que não iria iniciar seu reinado com um banho de sangue. Segundo ele, seu governo deveria ser para toda a multidão, e isso incluía os socialistas. Bismarck tentou isolar Wilhelm politicamente, mas isso não foi possível. O Kartell se desmanchou e o kaiser ampliou sua influência no Reichstag. É fato que Bismarck regulamentou os primeiros direitos dos trabalhadores alemães, mas, ao decidir não progredir nos avanços sociais trabalhistas por simples anti-socialismo, abriu caminho para sua oposição. Bismarck tornara-se um dinossauro político e seria questão de tempo até que seu maior opositor. Wilhelm, o superasse.
Guilherme II acompanhado de  Fernando I da Bulgária, o rei Manuel II de Portugal, o rei Jorge I da Grécia, o rei Alberto I da Bélgica, o rei Afonso XIII de Espanha, o rei Jorge V e o rei Frederico VIII da Dinamarca.

Supremacia
Em 1890, Bismarck se demite. Leo von Caprivi o substitui como chanceler. Depois, este foi substituído por Chlodwig em 1894. Em 1900, finalmente Guilherme coloca um homem seu para preencher o cargo: Bernhard von Bülow. Bismarck havia criado uma estabilidade entre Alemanha, França, Inglaterra e Rússia, e manter isso seria o principal desafio de Wilhelm. Ele mesmo ampliou sua atuação no governo alemão, antes, muito dividida com o chanceler. Agora, o imperador exercia mais influência direta. Nunca mais um chanceler exerceria tanta influência num governo como Otto havia exercido. Agora, o kaiser era a principal figura política.

Montado em seu cavalo, o imperador, em Potsdam.

Marinha
Wilhelm concentrou esforços em criar uma marinha alemã capaz de rivalizar com a marinha britânica. Assim, desejava tornar do império alemão uma potência mundial, e não apenas continental. A leitura do tratado "A influência do Poder Marítimo na História", do almirante Alfred Thayer, tornou-se obrigatória para todos os líderes militares. As ambições marítimas e imperialistas de Guilherme logo criaram um estado de alerta nas outras potências da Europa. Os britânicos começaram a enxergar as pretensões marítimas dele como um perigo à quase que hegemonia da Coroa nos mares.

Kaiser Guilherme e seus principais generais.
Ciências e Arte
Guilherme foi um forte patrocinador das Ciências e das mais diversas áreas da Arte. Expandiu um modelo de educação pública e um sistema de seguridade social. Chegou a criar a SociedadeKaiser Guilherme, financiada com dinheiro do Estado e investidores privados, cujo objetivo era realizar pesquisas científicas pioneiras em diversos setores. Incentivou uma reformulação do sistema educacional prussiano, que, na época, era extremamente engessado. Queria dar-lhe um caráter mais progressista. Se por um lado os investimentos de Guilherme produziram um avanço nas Artes e nas Ciências de sua nação, por outro lado criaram um cenário de muito pouca autonomia para os centros educacionais, que foram muito influenciados pelo kaiser. 

Espírito e genialidade
O kaiser Guilherme era de um espírito agressivo e tempestuoso. Era notoriamente anti semita, demonstrando desprezo pela influência judaica na sociedade alemã, que, segundo ele, era exageradamente abusiva. Nesse sentido, a política de Guilherme foi muito prejudicada: se ele via os judeus como seus inimigos, muitos judeus tinham apreço pela figura do imperador, que perdera um importante apoio que lhe poderia ter sido muito útil. O sentimento anti-judaico de Guilherme permitiu a atmosfera que criaria a figura de Hitler. Guilherme criou uma inimizade com os setores da Esquerda, que considerava (e de fato eram) opositores seus. Criticou a política de Bismarck, mas acabou seguindo muito dessa mesma forma de governar. 

Geopolítica
Guilherme levou em frente uma política estrangeira agressiva e levada adiante mais por seus impulsos do que por sua ponderação. Entretanto, seus atos não podem ser considerados como unicamente seus: como todo governante, havia um grupo que lhe influenciava as ações. Basicamente, onde houvesse uma ação anti britânica, Guilherme estaria ali para apoiar, e isso acabou por deteriorar as já frágeis relações germano-britânicas. Foi particularmente contrário à influência europeia na China, mas não por bondade, e sim por desejar limitar o imperialismo das potências rivais. As colônias alemãs na África receberam maior atenção. Todas elas, entretanto, seriam perdidas após a Primeira Guerra, o que fez disso um investimento sem retornos, pois poucas delas proporcionaram lucro suficiente que justificasse os investimentos. Nos assuntos internos, conseguiu um importante trunfo ao casar sua filha Vitória Luísa com o duque de Brunsvique, em 1913, resolvendo uma antiga inimizade entre os Hohenzollern (família real de onde Guilherme viera) e o Reino de Hanôver, que havia sido anexado pelos prussianos em 1866. Isso trouxe uma estabilidade interna que não existia nas políticas internacionais feitas pelo kaiser. 
Kaiser em revista às tropas imperiais.

Boxers
Entretanto, sua ação mais desastrosa foi a participação alemã na Guerra dos Boxers, uma revolta popular chinesa contra os estrangeiros no país. Participando da coligação entre Grã-Bretanha, Estados Unidos, França, Rússia e Japão, Guilherme enviou suas tropas imperiais para intervir na China. Entretanto, quando chegaram ao país oriental, Pequim já havia sido conquistada e a batalha estava praticamente concluída. Os discursos proferidos por Guilherme, enaltecendo o exército alemão e comparando-os aos hunos, cuja impiedade deveria ser sempre presente, incitaram a inimizade tanto dos chineses quanto dos demais países da coligação. 

Problemas com a frança
Quando Guilherme visitou o Marrocos, em 1905, fez declarações favoráveis à independência do país. Ora, Marrocos era uma célebre colônia francesa, e tais declarações acabaram por deteriorar as relações entre as duas nações. Desse desconforto surgiu a Conferência de Algeciras, artifício que acabou isolando a Alemanha de modo ainda mais grave dentro do continente europeu. 

Má publicidade
A imprensa exerce papel fundamental nos governos do mundo, e isso não é de hoje. Quando Guilherme deu uma entrevista ao Daily Telegraph, em 1908, suas afirmações contundentes acabaram prejudicando ainda mais a opinião internacional sobre a Alemanha. Dentro do próprio país, grande parte do povo pedia a renúncia de Guilherme, o que não aconteceu. Seu chanceler, Bülow, foi sumariamente demitido do cargo, já que não interveio em benefício do kaiser nem editou a entrevista para a devida publicação na Alemanha. Os britânicos usariam bem esta imagem como propaganda de guerra anti-alemã, onde o kaiser aparecia sempre como um monstro.
Guilherme II

Homens ao mar
Com a nomeação do oficial Alfred von Tirpitz, os planos de expansão marítima de Guilherme começavam a tomar forma. O objetivo era aumentar a presença alemã na África do Sul e forçar a Inglaterra no cenário internacional de modo a favorecer os alemães, concentrando grandes grotas no Mar do Norte, rivalizando, assim, com o poderio naval britânico. Entre 1897 e 1900, Tirpitz teve todo o apoio do kaiser. Entretanto, os esforços militares para a Marinha acabaram sacrificando outros setores da economia alemã. Guilherme criou o Marine-Kabinett em 1889, sendo Gustav von Senden-Bibran nomeado seu primeiro chefe. Um canal em Kiel foi feito em 1895, permitindo manobras mais rápidas entre o Mar do Norte e o Báltico. A frota alemã foi consideravelmente ampliada, mas não chegou a rivalizar com a britânica.  

Com as mãos nos olhos, o imperador Guilherme II, inspecionando as tropas, durante a Primeira Guerra Mundial.

Primeira Grande Guerra
Guilherme não veria apenas a derrota da guerra, mas assistiria também à perda do próprio poder. Durante a Primeira Guerra, a participação de Guilherme foi muito reduzida, e a Alemanha tornou-se, de fato, uma ditadura militarista chefiada por Erich Ludendorff. Guilherme já não era mais capaz de conduzir a guerra e as questões externas e internas. Se, em época de relativa tranquilidade internacional, as decisões do kaiser mostravam-se muito exageradas, a pressão de um conflito de proporções jamais vistas acabou por prejudicar ainda mais o senso do imperador. Guilherme, primeiro, foi forçado a aceitar Michaelis como chanceler, pressionado por Erich. Em novembro de 1918 a popularidade do kaiser havia despencado, e o presidente norte-americano, já no fim da guerra, declarou que ele não poderia participar das negociações de paz. Guilherme também contrariou a mortífera gripe espanhola, mas resistiu à doença. A Primeira Guerra havia selado seu caminho de saída do trono.

Guilherme e sua esposa, a imperatriz Hermine.

O último kaiser
Quando estava na Bélgica, o kaiser foi surpreendido por revoltas em Berlim e outros centros do império, no fim do ano de 1918. Com a Revolução Alemã, o kaiser ficou indeciso entre abdicar do trono ou permanecer no poder, pois tinha as esperanças de ao menos conservar o trono da Prússia. Quando ficou claro que ele não teria apoio do exército, Guilherme abdicou, aconselhado por Hindenburg. Ironicamente, Hindenburg era um monarquista fervoroso. Guilherme foi então levado para o exílio nos Países Baixos, uma nação neutra. No Tratado de Versalhes foi exposto o desdém internacional pelo antigo kaiser: o artigo 227 condenava Guilherme por "ofender a moral internacional e a santidade dos tratados entre os povos". De fato, os vencedores queriam a cabeça de Guilherme, mas ele não foi extraditado. Guilherme morou então em Amerongen, e no dia 28 de Novembro de 1918 publicou sua abdicação oficial ao trono da Alemanha e da Prússia. Depois, mudou-se para Doorn, em 1920. Ali, ele passaria o restante de sua vida. Com a criação da República de Weimar, Guilherme teve permissão para retomar a maior parte de seus bens deixados na Alemanha. 

O kaiser e seu bisneto

Exílio
Guilherme publicou sua autobiografia em 1922, justificando a maior parte de seus atos e dizendo-se inocente quanto a explosão da Primeira Grande Guerra. Acabou despertando um interesse por arqueologia, chegando a passar um tempo na Grécia. Essa seria sua motivação durante seus últimos anos. Outras coisas que distraíam o abandonado imperador eram a caça e os projetos para grandes navegações e edifícios. Seu aspecto imaginativo e visionário nunca foi perdido. Com a subida do Partido Nazista em 1930, Guilherme tinha a esperança de ver o restabelecimento da monarquia, mas obviamente isso não aconteceu. Hitler nutriu total desdém pelo antigo kaiser que, segundo ele, havia sido o responsável pela humilhação alemã na Primeira Guerra. Assim, Guilherme acabou nutrindo desgosto pelo nazismo. Quando Hitler obteve os primeiros e rápidos sucessos da Segunda Guerra, Guilherme se animou, e enviou um telegrama ao "führer", dizendo: "parabéns, venceste usando as minhas tropas". Morreu em Doorn, vítima de embolia pulmonar, em 3 de Junho de 1941, com oitenta e cinco anos. Hitler desejava enterrá-lo em Berlim, pois, apesar da inimizade entre os dois, não deixava de reconhecer o último kaiser como uma figura icônica da Alemanha. Entretanto, os desejos de Guilherme foram respeitados, pois ele não desejava ser enterrado em solo alemão enquanto a monarquia não fosse restaurada.
Wilhelm II e seus dois netos.

Injustiça seja feita
Wilhelm (Guilherme II) foi uma figura contraditória da política mundial. Ícone da Alemanha, viveu o momento de celebração por seu povo, que o via como um reformador social, e também experimentou o desdém do mesmo povo que o havia acolhido. Hábil militar, porém péssimo diplomata e negociador, Guilherme pode muito bem ter sido, em grande parte, vítima das maquinações de seus opositores e de conselheiros não muito afeitos a ele. Entretanto, suas próprias ações acabaram o prejudicando, colocando-o em situação de isolamento político junto com a Alemanha. Guilherme não foi um sucesso, e muito menos um fracasso: ampliou o poder alemão além-mar, aumentou os efetivos militares, aprimorou a cultura nacional e investiu nas Artes, na educação e nas Ciências. Se a maior parte de suas ações internacionais foram desastrosas, é fato que ele conseguiu rivalizar com a maior potência da época, o Império Britânico. A Alemanha deveu muito ao seu último imperador e teve o caminho para seu desenvolvimento industrial muito aprimorado por Guilherme. 

Fotos: KraljAleksandar
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