Churchill: herói e gênio militar, ou arrogante e incompetente? |
Winston Churchill é visto como um grande ícone militar britânico e o maior dos opositores de Adolf Hitler e da doutrina nazista. Visto como herói pela perspectiva dos vitoriosos, muitos chegam a creditá-lo como responsável pelas grandes vitórias dos britânicos e por coordenar ações decisivas para a derrota dos nazi-fascistas. Entretanto, uma análise histórica mais aprofundada permite desfazer esses mitos. Será que Churchill foi mesmo uma figura crucial para a vitória britânica? Ele era mesmo um gênio militar?
O velho Leão
O velho Leão
Churchill veio de uma rica família, sem ter tido muito contato com sua mãe, a norte americana Jennie, e era fã de seu próprio pai, o lorde Randolph. A carreira de Churchill começou na academia militar de Sandhurst, onde ele obteve crescimentos pessoais mais favorecido pela própria imagem do pai do que por suas habilidades próprias. Seu comportamento insubordinado e arrogante foi registrado desde cedo por seus professores. Essa marca da rebeldia típica dos jovens permaneceria no caráter de Churchill durante toda sua vida, o que seria uma verdadeira tragédia prejudicial às suas decisões políticas e estratégicas em campo de batalha.
We want eight, we won't wait!
Churchill foi responsável por atrasar em mais de uma década o desenvolvimento das forças marítimas britânicas. O Império Britânico, composto de territórios descontínuos, sempre dependeu de uma forte força naval, o que era, inclusive, uma das causas de seu poder incontestável. Churchill lutou por uma política de corte de gastos militares navais enquanto esteve no cargo de presidente da Câmara do Comércio, em 1909, alegando que os investimentos eram demasiadamente desnecessários e não havia perspectiva para um conflito entre as potências da Europa. Entretanto, em cinco anos depois, a Primeira Guerra surgiria e os alemães investiriam em seu sonho de sobrepujar a Real Marinha Britânica. Se não fosse pelo esforço do lorde do mar, almirante Jackie Fisher e seu slogan "We want eight, we won't wait" (nós queremos oito, não vamos esperar) para construir no mínimo oito navios de guerra naquele período orçamentário até 1910, a política de Churchill de construir apenas quatro navios teria sido aceita e colocaria os britânicos em maus lençóis.
We want eight, we won't wait!
Churchill foi responsável por atrasar em mais de uma década o desenvolvimento das forças marítimas britânicas. O Império Britânico, composto de territórios descontínuos, sempre dependeu de uma forte força naval, o que era, inclusive, uma das causas de seu poder incontestável. Churchill lutou por uma política de corte de gastos militares navais enquanto esteve no cargo de presidente da Câmara do Comércio, em 1909, alegando que os investimentos eram demasiadamente desnecessários e não havia perspectiva para um conflito entre as potências da Europa. Entretanto, em cinco anos depois, a Primeira Guerra surgiria e os alemães investiriam em seu sonho de sobrepujar a Real Marinha Britânica. Se não fosse pelo esforço do lorde do mar, almirante Jackie Fisher e seu slogan "We want eight, we won't wait" (nós queremos oito, não vamos esperar) para construir no mínimo oito navios de guerra naquele período orçamentário até 1910, a política de Churchill de construir apenas quatro navios teria sido aceita e colocaria os britânicos em maus lençóis.
Contra os turcos-otomanos
Churchill passava da esfera de cargos públicos civis para a esfera militar, muitas vezes sem ter qualquer prerrogativa para fazer isso. Se intrometia em questões militares e decisões fora de sua alçada, e isso prejudicava o andamento das questões militares de forma autônoma. Após quase obstruir o progresso militar naval britânico, Churchill se esgueirou para dentro das decisões da Primeira Guerra e começou a mostrar a importância da tomada de Galípoli, o que seria a maior catástrofe para os britânicos na Primeira Guerra. Justificou a necessidade da tomada de Galípoli no fato de que isto traria instabilidade ao governo turco-otomano e, consequentemente, prejudicaria os alemães, deixando-os mais isolados e fáceis de se abater.
Trocando peças
Churchill fez um avanço para o porto da Antuérpia, utilizando soldados não treinados, o que resultou numa catástrofe em perda desnecessária de vidas. Realizou expedições navais sem a devida proteção, facilmente atacadas por submarinos alemães no canal da Mancha. Churchill deixava clara a sua política de culpar apenas os oficiais: demitiu o primeiro lorde do mar Louis, acusando-o de "conexão com os alemães", e o substituiu por Jackie Fisher, o mesmo a quem ele havia se oposto cinco anos antes.
Sacrifícios desnecessários
O ataque a Galípoli começou em 19 de Fevereiro de 1915. Um bombardeio naval permitiu que os ingleses tomassem os fortes turcos mais próximos do mar, garantindo um avanço de 10km dentro do território inimigo. Entretanto, os fortes mais avançados ficaram intactos e livres dos bombardeios navais, e os turcos iniciaram um contra-ataque usando artilharia pesada, fazendo com que os britânicos ficassem encurralados ao longo da região costeira, sem chances de avançar. Churchill apenas cobrava resultados melhores do comandante Sackville Carden, sem compreender as limitações do alcance naval.
Desastre de Galípoli
Os navios estavam impossibilitados de atingir os fortes mais distantes dos turcos, por conta de defesas de minas aquáticas no Mediterrâneo. Churchill simplesmente ordenou que navios mais antigos fossem usados como detonadores para abrir caminho. Pressionado, Sir John De Roebeck, vice-almirante, ordenou a passagem dos navios em 18 de Março, o que resultou em 3 navios danificados e mais de 700 mortos. Agora, para fazer valer o avanço, o comandante Hamilton exigiu mais 90.000 homens os quais Churchill não se dispôs a enviar. Assim, depois de desperdiçar recursos em uma campanha desnecessária tendo sido previamente alertado por seus oficiais, o próprio Churchill cancelou o prosseguimento da operação e ordenou a retirada das tropas de Galípoli. Não só os turcos permaneceram na guerra, como os Alemães haviam ganho tempo adicional com a dispersão de tropas britânicas para regiões periféricas.
A estratégia da dispersão periférica
Churchill deixava clara qual seria sua marca militar: a estratégia de dispersar as forças militares por regiões periféricas que ele considerava "vitais". Seu plano era minar o adversário retirando-lhe territórios estratégicos, atacando pelos "lados" ao invés de empenhar ataques diretos contra o inimigo. Essa estratégia só daria certo se Churchill atacasse locais realmente importantes, o que não era o caso de Galípoli. Churchill, ao invés de enfraquecer o inimigo, dava-lhe tempo para se estruturar, gastando recursos materiais e humanos em operações dispendiosas sem proveito estratégico algum. E ele iria repetir o mesmo erro na Segunda Guerra.
Enfraquecimento militar
Churchill passou algum tempo fora da política, até retornar em 1917. Durante os anos 1920, ele lutaria com todas as forças para tentar aplicar o que havia proposto na década anterior: o corte de gastos militares. Lloyd George o havia colocado no cargo de Secretário da Guerra e da Aeronáutica, um erro do qual o próprio Lloyd se arrependeria mais tarde. Churchill então iniciou sua política de recuo militar: retirou tropas do Oriente Médio, principalmente no território turco, dizendo que bastaria intensificar a presença de aviação na região. Essa política permitiu o crescimento dos rebeldes árabes na região, o que agravou a instabilidade do local. Ao contrário do que Churchill pensava, os aviões não puderam substituir a presença de infantaria, e a tensão no local piorou. Churchill também cortou investimentos em aviação, marinha e infantaria, alegando que a Europa não veria um novo conflito mundial pelos próximos trinta anos. Cortou investimentos em defesa nas posições militares britânicas no sudeste asiático, o que facilitaria o avanço japonês na Segunda Guerra. Mais uma vez Churchill se mostrou péssimo em suas políticas militares e em suas previsões.
Banho de sangue na Irlanda
Churchill também pode ser diretamente responsabilizado pela catástrofe da questão irlandesa. Apoiou grupos de repressão mais aguda contra os membros do dissidente Irish Republian Army, financiando a criação de grupos como o Black and Tans, que usavam de violência extrema contra os opositores. Isso apenas reforçou o extremismo dos membros do IRA e acentuou o conflito na região, criando um barril de pólvora entre britânicos e irlandeses. A criação da Irlanda do Norte apenas piorou a situação que se agravou pelas décadas seguintes. Churchill jamais adotou uma política conciliatória e diplomática, sempre preferindo o caminho da agressividade militar, especialmente quando ela era desnecessária. Ironicamente, em questões de proteção militar, ele adotava políticas "pacifistas" e de diminuição dos investimentos.
Bode expiatório
Churchill culpava os outros por seus fracassos como dirigente político e militar, especialmente quando obedeciam suas ordens e o resultado era a derrota inevitável. Ele mesmo havia adotado uma política de cortes de gastos militares nos anos 1920, e quando mudou de ideia apoiando a aceleração armamentista, em 1930, culpou Chamberlain pelo estado de recuo nos investimentos militares. Ironicamente, Chamberlain havia sido responsável por preparar a Inglaterra para vencer a batalha aérea na Segunda Guerra. Mas Churchill ficou com os créditos para si mesmo, enquanto a carreira de Chamberlain foi sacrificada.
Obsessão com a Noruega
O erro que Churchill cometeu em Galípoli seria repetido na Noruega. Com a eclosão da Segunda Guerra, a Noruega fornecia gêneros alimentícios e minerais importantes para a máquina de guerra alemã. Com a queda da França, Churchill viu a necessidade de privar os alemães de importantes fontes de recursos, adotando mais uma vez a estratégia da dispersão por campanhas em locais periféricos. Para Churchill, tomar a Noruega seria importante para enfraquecer a Alemanha e estabelecer bases aéreas de maior alcance. Mas o país nunca seria realmente tomado pelos Aliados: após tomar regiões próximas a Trondheim com os desembarques feitos em 14 e 17 de Abril de 1940 na Operação Foice, foram atacados por bombardeios da Luftwaffe, sem chance de se defender. O pouco que havia sido ganho foi perdido, e a operação, além de demorada, se revelou um desperdício de tempo e recursos que poderiam ter sido usados diretamente contra Hitler.
Campanha na África
O Norte da África seria a repetição dos erros de Churchill em Galípoli e em Trondheim. Após exigir operações prematuras de vários generais, que alcançavam sucesso mas perdiam terreno para Ernst Rommël e sua Afrikakorps, sem chance de defender suas posições, Churchill acabou nomeando Bernard Montgomery para chefiar as Forças Blindadas aliadas na região. Montgomery foi bem sucedido no final das contas, e repeliu as forças de Ernst. Mas isso não foi mérito de Churchill: ele era incapaz de reconhecer o dom dos líderes militares. A escolha de Montgomery foi um "acidente", e não uma escolha prudente de Churchill. Inclusive, o sucesso de Montgomery só foi possível por que ele sabiamente se recusou a realizar qualquer ataque prematuro ordenado por Churchill, exigindo, antes, o recebimento de seu material adequado. Se Churchill não atrapalhasse as operações de seus outros generais, ou se eles o tivessem desobedecido, a campanha na África poderia ter sido ganha quase um ano antes, sem a necessidade das ações de Montgomery, e qualquer outro líder britânico poderia ter se tornado um gênio militar.
Catástrofe em Dunquerque
A tentativa de apoiar os franceses também foi um fiasco. Após o general e comandante supremo das forças francesas, Gamelain, comprometer a maior parte do exército francês tentando inutilmente defender a Bélgica e a Holanda, agora os alemães chefiados por Heinz Guderian avançavam rumo ao rio Meuse. Em 20 de Maio de 1939 Amiens havia sido tomada. As forças britânicas da British Expeditionary Force (BEF) foram recuadas para Dunquerque após uma série de avanços e recuos ordenados por Churchill que, muitas vezes, chegou a impedir ações que poderiam de alguma forma ter barrado os alemães. Sem material apropriado, os ingleses e franceses dependeram de barcos de pesca, de passeio e até mesmo de barcos de remo para serem transportados até a Inglaterra naquilo que foi a maior evacuação da Segunda Guerra, em 22 de Maio de 1940. As forças da BEF só não foram massacradas em Dunquerque pois Hitler preferiu se desviar em direção de Paris. Caso contrário, um grande massacre teria acontecido.Obsessão com a Noruega
O erro que Churchill cometeu em Galípoli seria repetido na Noruega. Com a eclosão da Segunda Guerra, a Noruega fornecia gêneros alimentícios e minerais importantes para a máquina de guerra alemã. Com a queda da França, Churchill viu a necessidade de privar os alemães de importantes fontes de recursos, adotando mais uma vez a estratégia da dispersão por campanhas em locais periféricos. Para Churchill, tomar a Noruega seria importante para enfraquecer a Alemanha e estabelecer bases aéreas de maior alcance. Mas o país nunca seria realmente tomado pelos Aliados: após tomar regiões próximas a Trondheim com os desembarques feitos em 14 e 17 de Abril de 1940 na Operação Foice, foram atacados por bombardeios da Luftwaffe, sem chance de se defender. O pouco que havia sido ganho foi perdido, e a operação, além de demorada, se revelou um desperdício de tempo e recursos que poderiam ter sido usados diretamente contra Hitler.
Campanha na África
O Norte da África seria a repetição dos erros de Churchill em Galípoli e em Trondheim. Após exigir operações prematuras de vários generais, que alcançavam sucesso mas perdiam terreno para Ernst Rommël e sua Afrikakorps, sem chance de defender suas posições, Churchill acabou nomeando Bernard Montgomery para chefiar as Forças Blindadas aliadas na região. Montgomery foi bem sucedido no final das contas, e repeliu as forças de Ernst. Mas isso não foi mérito de Churchill: ele era incapaz de reconhecer o dom dos líderes militares. A escolha de Montgomery foi um "acidente", e não uma escolha prudente de Churchill. Inclusive, o sucesso de Montgomery só foi possível por que ele sabiamente se recusou a realizar qualquer ataque prematuro ordenado por Churchill, exigindo, antes, o recebimento de seu material adequado. Se Churchill não atrapalhasse as operações de seus outros generais, ou se eles o tivessem desobedecido, a campanha na África poderia ter sido ganha quase um ano antes, sem a necessidade das ações de Montgomery, e qualquer outro líder britânico poderia ter se tornado um gênio militar.
Catástrofe em Dunquerque
Enfraquecimento da RAF
Churchill acabou enfraquecendo a Royal Air Force ao enviar destacamentos para a França, adotando mais uma vez sua estratégia de dispersão. Só na campanha francesa, os britânicos perderam grande quantidade de aeronaves que seriam essenciais para a defesa doméstica. A posterior batalha da Grã-Bretanha, o maior confronto aéreo da Segunda Guerra, entre a RAF e a Luftwaffe, só foi superado pelos ingleses graças ao trabalho árduo para acelerar a produção militar e os avanços nos modelos Spitfire e Hurricane, mérito dos projetistas Sidney Camm e Reginald Mitchell, apoiados pelo governo de Ramsay MacDonald, sem qualquer participação decisiva de Churchill nessas questões. O desenvolvimento do Radar também foi um ponto estratégico crucial para os britânicos, novamente sem qualquer participação decisiva da parte de Churchill.
Falta de apoio aos soviéticos
Churchill perdeu tempo dispersando forças aliadas pela Noruega, França e Norte da África quando poderia ter oferecido apoio aos soviéticos que haviam sido atacados pelos alemães. Em mais uma de suas contradições, Churchill tentaria aproximação maior com Stálin, principalmente tentando mostrar a importância da tomada dos países do Leste europeu. Stálin realmente tomaria os países da região do Báltico, mas não por conta das amizades com Churchill, que depois tentaria barrar o avanço soviético que ele mesmo havia favorecido, tentando obter maior apoio dos americanos contra o expansionismo comunista. Entretanto, os americanos também estavam perdendo tempo com as campanhas periféricas de Churchill e não puderam se concentrar no front do Leste.
Erros em estratégias navais
Um dos outros erros de Churchill foi não compreender as mudanças táticas no teatro de operações navais, adotando estratégias típicas da Primeira Guerra. Ele concentrava esforços para destruir navios de superfície alemães e japoneses, enquanto sacrificava aviação e outros navios que eram derrotados ou por submarinos ou por aviação inimiga, como o caso do Prince of Walles destruído pela aviação japonesa. Churchill queria investir em fragatas e fazer uso de encouraçados, enquanto as armas navais mais essenciais eram, agora, os porta aviões e os submarinos.
Consequências geopolíticas
As ações de Churchill somam mais consequências negativas para a política britânica do que positivas. Sua campanha de frear os investimentos navais em 1910 e depois de cortar gastos militares nos anos 1920 atrasou o desenvolvimento bélico da Grã-Bretanha e favoreceu a expansão nazista. Com sua dispersão das forças aéreas, quase causou a catástrofe e permitiu uma invasão alemã em território inglês. Sua falta de assistência no continente favoreceu a queda da França e o avanço soviético. Perdeu tempo nas campanhas contra a Itália, contra Rommël no Norte da África e ainda pior, na Noruega. As ações de Churchill causaram no mínimo um ano de atraso para a conclusão da Segunda Guerra Mundial. Arrastou, consigo, os americanos para operações sem sentido, o que diminuiu os potenciais efeitos positivos do apoio de Roosevelt. A Inglaterra saiu da guerra enfraquecida, e o triunfo não foi seu: apenas os americanos e os russos tiraram proveitos dos espólios da guerra.
Churchill, um personagem paradoxal
As ações de Churchill como primeiro ministro britânico não foram totalmente más. Com sua boa oratória, ele atraiu atenção para a necessidade de um maior envolvimento britânico em um conflito que, até então, estava sendo evitado pela política apaziguadora de Chamberlain (que, de todo modo, foi essencial para ganhar tempo, o tempo que Churchill havia perdido de 1910 a 1930), bem como ganhar apoio de outras potências, como os EUA. Mas parece que suas ações benéficas param por aí. Os sucessos de Churchill não foram méritos seus, mas sim de seus generais, que eram mais bem sucedidos quando não seguiam suas ordens do que quando as levavam a cabo. Ele teve participação em poucos sucessos aliados, mas teve o dedo em todos os fracassos coligados durante a Segunda Guerra. Churchill dava pouco valor aos recursos escassos da Grã-Bretanha, não parecia se preocupar coma integridade dos soldados ingleses ou dos demais aliados (usava canadenses e australianos para missões de maior risco), e prejudicava o planejamento de seus generais, desconsiderando suas opiniões, e depois culpando-os pelos fracassos inerentes. Churchill foi um bom orador, uma figura excêntrica de certa popularidade entre seu povo, e até hoje é visto como um dos heróis da guerra. Essa visão é fruto do que ele mesmo escreveu sobre si, como ele mesmo declarou: "Eu nem sempre estive errado. A História me respaldará, especialmente porque eu mesmo escreverei a História".
Fontes:
Churchill Desmascarado (Nigel Knight)