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sexta-feira, 13 de março de 2015

A FEB na Segunda Guerra Mundial

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Soldados brasileiros recebem instruções de soldados americanos sobre o uso de bazucas


Durante a Segunda Guerra Mundial, conflito de potências globais, o Brasil foi o único país da América Latina a enviar contingentes para o Velho Mundo. Nossos pracinhas atuaram na Itália, especialmente na região de Monte Castelo e nos Apeninos. A FEB, Força Expedicionária brasileira, contava com um contingente de 25.334 soldados. Estes homens, vindos de um clima tropical e sem muita experiência de combate, enfrentaram soldados alemães e italianos veteranos e foram extremamente bem sucedidos. A FAB, Força Aérea Brasileira, também teve um papel essencial na 2ª GM, e nossos pilotos alcançaram um resultado inesperado pelos aviadores americanos e britânicos.

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Soldados brasileiros à bordo de um navio norte-americano de transporte, rumo à Itália
Queremos descanso!
Desde a eclosão da Segunda Guerra, em 1939 a política varguista era manter o Brasil completamente neutro em relação ao conflito, aproveitando ocasiões vantajosas para fazer acordos com as nações envolvidas. Entretanto, a pressão norte-americana aumentou, principalmente pelo desejo de estabelecer uma base militar em Fernando de Noronha. Mas dois eventos mudaram essa política: primeiro, o ataque sofrido em Pearl Harbor, que expôs a fragilidade do Pacífico e exigiu uma maior proteção e cooperação dos países da região; segundo, os navios afundados no litoral brasileiro, sendo o Costa Concórdia um grande exemplo destes naufrágios, supostamente causados por submarinos alemães. A UNE (União Nacional dos Estudantes), a Ação Integralista e outros movimentos e setores sociais pressionaram a entrada do Brasil no conflito.

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Soldados brasileiros descansando após suas atividades

"É mais fácil uma cobra fumar"
A entrada do Brasil no conflito internacional não era de modo algum um evento cogitado. Afinal, o país tropical não tinha relação alguma com aquela confusão. A pressão norte-americana sempre foi presente. Os americanos desejavam utilizar bases navais no Nordeste do país como ponte para a Europa e defesa do continente. Getúlio Vargas então deu as condições para a entrada do Brasil na guerra: a modernização das Forças Armadas nacionais e o financiamento apoio para a construção de uma imensa usina hidrelétrica. Em 1943 o Brasil cria a FEB e envia a 1ª Divisão para a Europa.  

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Pracinhas sendo bem recebidos pelo povo italiano, em uma cidade liberada
Os pracinhas na Europa
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Pracinhas do 2º Contingente, rumo à Itália
A FEB foi organizada em três regimentos de infantaria, um regimento de artilharia, um batalhão de engenharia militar, um regimento de saúde, uma unidade de cavalaria e nove companhias de fuzileiros. A FEB era subordinada administrativamente ao comando militar norte-americano, e os soldados brasileiros recebiam treinamento dos americanos na utilização de armas e equipamentos diversos, bem como pilotagem de veículos. Após esse treinamento, estavam prontos para o combate. A região italiana oferecia um desafio especial: montanhosa, cheia de áreas de difícil acesso.
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Soldados brasileiros próximos de túmulos alemães

E a cobra fumou!
O desempenho dos pracinhas brasileiros foi muito acima do esperado. Com pouca experiência e um rápido treinamento, conseguiram tomar posições dos italianos e alemães que estavam sendo disputadas durante semanas, até meses. Os soldados brasileiros foram descritos como impetuosos, valentes e muitas vezes até mesmo imprudentes. Não tinham medo: tomavam até mesmo os bunkers mais bem protegidos. As baixas foram relativamente pequenas: dos mais de 25.000 soldados, 454 heróis tombaram em ação, além de 2064 feridos e 35 soldados que foram feitos prisioneiros.

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